Domingo, 17.01.10

O meu animal é fenomenal!

Humildemente dirijo-me a todos quantos cá aparecem e perguntam pelo Matias, a todos quantos se preocupam com ele, a todos que me dão força e incentivo. Não vos posso pedir nada pois já muito me têm dado, mas leiam com atenção este pedido "versado" :)
Porque o humor é a única maneira que tenho de ultrapassar os desatinos da vida. Espero que gostem.

Já agora, aproveito para dizer que o blog "Só Possuídos" tornou-se público para que, aqueles que realmente se importam, sigam os passos desta luta e saibam o que se vai passando!


O possuído Matias

Eu tenho um gato
Chamado Matias.
Encontrei-o no mato
Há já muitos dias.

Comigo ficou
Bem sossegadinho
Até que se passou
Andava tolinho.

Lá fomos os dois
Ao senhor doutor.
E logo depois,
Passou-lhe o estupor*.

Afinal o que era
O que acontecia?
Está doente, pudera
É epilepsia.

Somos possuídos,
Somos sim senhor!
Tomamos comprimidos
Para passar a dor :)

Passados uns meses
Não fazia xixi.
Mas vai ser sempre isto,
Doença aqui, doença ali?

Depois do internamento
E algaliação,
Viveu-se um momento
De consternação.

Só pode comer
Ração da Royal!
Lá terá que ser,
Pra bem do animal.

E agora, entretanto
Voltou a desfalecer.
Estou noutro pranto
A vê-lo sofrer.

Não sabemos o que é
Está sempre a cair.
Não se aguenta em pé
Só me apetece fugir.

O malvado exame
Custa muito tostão.
Esta vida é infame,
Mata-me do coração!

Para ajudar,
Alguém teve uma ideia.
Quem quiser participar
Que vá à Colmeia!

Obrigada à Abelha pela ideia e generosidade demonstrada. A todos quantos me têm ajudado, o meu humilde e sincero agradecimento!

*Estupor - aplicado no sentido de ser "entorpecimento patológico das faculdades intelectuais, acompanhado de estranha expressão fisionómica". Que eu cá não acho que o meu bichinho seja um estupor :)
publicado por Ameixinha às 22:45 | link do post | comentar | ver comentários (63) | partilhar
Domingo, 30.03.08

Poesia perfeita

Tenho o poema traduzido em Português, mas soa-me melhor em Francês ou Inglês. É a poesia que me acompanha sempre para onde quer que eu vá... Nos sítios onde sozinha preciso de companhia, é a minha sempre companheira poesia que me embriaga e faz passar o tempo mais monótono tornando-o mais perfeito... Embriaga-te!


Get Drunk

Always be drunk.
That's it!
The great imperative!
In order not to feel
Time's horrid fardel bruise your shoulders,
grinding you into the earth,
get drunk and stay that way.
On what?
On wine, poetry, virtue, whatever.
But get drunk.
And if you sometimes happen to wake upon the porches of a palace,
in the green grass of a ditch,
in the dismal loneliness of your own room,
your drunkenness gone or disappearing,
ask the wind,
the wave,
the star,
the bird,
the clock,
ask everything that flees,
everything that groans or rolls or sings,
everything that speaks,
ask what time it is;
and the wind,
the wave,
the star,
the bird,
the clockwill answer you:
"Time to get drunk!
Don't be martyred slaves of Time,
Get drunk!
Stay drunk!
On wine, virtue, poetry, whatever!"

Baudelaire
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publicado por Ameixinha às 22:47 | link do post | comentar | ver comentários (2) | partilhar

mais sobre mim

a possuída moída

Sobrevivo numa selva de hipocrisia, burocracia e cegueira de quem não quer ver. Prefiro não me lembrar da crise de valores que vivemos, mesmo sendo quase impossível esquecer-me disso. Cozinho e como com prazer, mesmo que alguma culpa surja depois. Gosto de andar a pé sozinha, viajar de comboio com um livro na carteira, dizer "Bom dia" com convicção e a sorrir. Ajudar quem precisa é o que me permito fazer sem pensar duas vezes, embora haja muita gente mal-agradecida. Sou adepta da boa disposição, da humanidade e respeito nos serviços de saúde e educação, acredito na capacidade de generosidade e bondade das pessoas que me rodeiam. Entristece-me que, nem sempre, essas capacidades sejam canalizadas quando deveriam. Não gosto das vizinhas coscuvilheiras e de pessoas mal educadas, prepotentes e ocas. Os meus olhos transmitem tudo o resto de mim e são cor da canela. Amo a Fauna e a Flora. Adoro o Outono e as folhas que caem. Não vejo qualquer utilidade em peluches. E a única coisa que é afrodisíaca é o amor.

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