Quinta-feira, 21.08.14

Pão de mistura

 

Há uns meses recebi a visita de umas amigas especiais, todas mouras, mas especiais. De visita à invicta, aproveitamos para colocar a conversa em dia, comer, falar de comida, rir e passear. Foi bom, muito bom. Para quem anda meio desanimado, foi uma injecção jeitosa :)

Houve presentes, tantos e tão bons. Malucas, todas! Que se lixe, eu gostei, muito! Todas tão longe, e nem sabem que cabem no meu abraço, todas, todos os dias, ou quando me apetece.

Entre farinhas sem glúten, livro, chocolates, pernil do Antunes, bifanas da conga que ficaram por comer, forminhas e montras, foi um dia para não esquecer.

Delas recebi o meu primeiro livro de receitas sem glúten, e resolvi experimentar algumas depois de ter comprado uma cambada de farinhas diferentes. Deixo aqui a receita base de uma mistura que se usa para fazer pães. Gostei muito do resultado, pão de côdea crocante e com um miolo todo esburacadinho. Maravilha!

 

 

 

Ingredientes base:

200 g de trigo sarraceno

200 g de farinha de arroz

200 g de farinha de teff

250 g de amido de milho

150 g de amido de tapioca

3 colheres (sopa) de sorgo

2 colheres (chá) de amaranto

2 colheres (chá) de psílio

 

Numa tigela misture as farinhas todas e guarde numa caixa fechada, ao abrigo da luz.

 

Para o pão de mistura:

500 g de farinha sem glúten (mistura já preparada)

2 colheres (chá) de fermento schar

1 colher (chá) de psílio

1 colher (chá) de açúcar

1 colher (chá) de sal

30 g de manteiga

1 colher (chá) de vinagre de fruta

400 ml de água morna

 

Coloque a água, sal e açúcar na cuba da máquina do pão. Junte os ingredientes secos, deixando o fermento para o final. Ligue no programa sem glúten. Se a massa agarrar, junte mais um pouco de farinha.

Deixe terminar o programa, retire e coma quente porque vale a pena :)

 

 

Receita adaptada do livro "padaria e pastelaria sem glúten".

publicado por Ameixinha às 21:35 | link do post | comentar | ver comentários (11) | partilhar
Quarta-feira, 16.10.13

Pão com sementes de papoila sem glúten



O homem não vive somente de pão, graças a Deus :) Por isso, todos os dias, tenho feito os possíveis por agradecer todo o alimento que me vem parar ao prato. Todos os dias me lembro que o pão que temos, não chega a todos. Todos os dias sei que há pão que vai parar ao lixo, quando poderia alimentar nações. Todos os dias muitos de nós comem o pão que o iníquo amassou. O pão que nós amassamos é mais pão, é mais nosso.

Hoje eu tenho pão para comer, amanhã não sei. Por estas e mais razões, eu sou grata pelo pouco que tenho e pelo muito que esse pouco me faz feliz. É certo que ontem comia qualquer pão, tinha mil variedades para escolher; hoje, entre as variações possíveis, ele é sem glúten. Embora não seja melhor, ele faz melhor. O que faz melhor, só pode ser bom para nós. A minha esperança é que, um dia, em breve, seja feito o milagre da multiplicação, elevado à escala mundial. O mundo há-de ser um lugar melhor, se vivermos numa aldeia global com forno comunitário e se nos alimentarmos todos do mesmo pão, seja sem glúten ou não ;)

É uma luta imensa e dolorosa esta de viver num mundo que oferece de tudo, em que tudo está disponível à distância de uma prateleira e que, aqueles que são celíacos e intolerantes, quase são obrigados a recusar o que queriam poder saborear. A eles estendo este pão e deixo o meu mais sincero respeito. Ir ás compras e tentar encontrar produtos sem glúten, é uma verdadeira batalha. Já experimentaram ler os rótulos daquilo que comem? Experimentem e vão ficar alarmados com as quantidades de farinha que nos impingem, em produtos que nunca imaginaríamos ;)

 

 

Poppy seeds gluten free bread

(adaptado de Kitchen fun)

 

400 g de farinha sem glúten (usei Schar Mix B)

50 g de farinha de milho

50 g de farinha de grão de bico

2 colheres (chá) de fermento para pão

1 colher (chá) de sal

40 g de sementes de papoila

300 ml de leite morno sem lactose

200 ml de água morna

 

Preparação na máquina de pão:

Coloque primeiro os líquidos, depois os sólidos e ligue no programa "massa".

Depois de terminar, retire para uma forma de bolo inglês e deixe levedar novamente num sítio aquecido.

Leve a cozer com o forno no máximo, durante os primeiros 5 minutos, depois reduza para forno-médio e coza durante cerca de 30-45 minutos. 

Retire e desenforme.

 

Preparação manual:

Coloque o sal no fundo de uma tigela, junte a farinha, as sementes e o fermento (cuidado para que o fermento não entre em contacto com o sal). Misture, adicione os líquidos um pouco de cada vez e vá misturando. Use a batedeira elétrica para bater a massa durante cerca de 5 minutos. Coloque a massa numa forma untada, cubra com um pano limpo ou película aderente e deixe levedar novamente. Leve ao forno tal como indicado acima.

 

Notas:

A receita original pedia sementes de linhaça e de girassol.

Podem fazer o pão com farinha normal, mas diminuam a quantidade de líquidos.

O pão sem glúten não se aguenta bem à temperatura ambiente, eu corto-o em fatias e congelo, torrando-o quando quero consumir.

Com este pão participo na 8ª edição do World Bread Day.

publicado por Ameixinha às 18:39 | link do post | comentar | ver comentários (13) | partilhar
Quinta-feira, 31.03.11

Bolachas rústicas integrais de Za'atar


Za'atar é uma mistura de especiarias bastante apreciada na Turquia e no Norte de África. É basicamente composta por sementes de sésamo tostadas, tomilho seco, sumagre/sumac e sal. No entanto, outras ervas podem ser acrescentadas e vão variando de região para região. A mistura que eu tenho veio do Brasil e não sei muito bem qual a sua composição, mas sei que é bastante boa.

Pensando numa despedida, numa reunião, numa refeição, juntaram-se pessoas, amigas, unidas pela comida e por outros interesses que lhes são comuns. Tal como no Za'atar, somos uma "mistura de especiarias" que vamos dando cor aos nossos dias, intensificando o sabor da amizade, enraizando na memória o odor da partilha, embebendo a tristeza da saudade mesmo antes da partida. No final, depois do choradinho, polvilhamos o açúcar, embebemos a doçura dos versos e dos abraços, com a certeza do reencontro, com o desejo de felicidade eterna, com a espera das novas aventuras, de novos sabores e experiências. Tal como as especiarias, cada uma vale por si, mas pinceladas juntas há, com toda a certeza, uma vivência bem particular.

Ingredientes:
1 1/2 chávena de farinha para pão
1 1/2 chávena de farinha integral
2 1/2 colher (chá) de fermento em pó
1 1/2 colher (chá) de sal
2 colheres (sopa) de mel (usei mel Algarvio)
1/3 chávena + 2 colheres (sopa) de azeite
2/3 chávena de água morna + 2 ou 3 colheres (sopa) se necessário
8 colheres (chá) de za'atar ou outras sementes*

Preparação:
Misture as farinhas numa tigela e adicione o fermento e o sal.
Noutra tigela, junte o mel com a água e o azeite.
Junte os ingredientes líquidos aos sólidos e trabalhe a mistura com uma colher. Se tiver dificuldades com a massa, junte mais uma colher de água de cada vez. A massa não se deve colar às mãos mas também não deve ficar muito seca.
Forme uma bola e amasse até que não exista nenhuma farinha residual na tigela. Passe a massa para uma superfície enfarinhada e trabalhe-a por 5-6 minutos até que fique flexível e elástica.
Embrulhe a massa em película aderente e deixe descansar por 30 minutos ou 1 hora se tiver tempo.
Pré-aqueça o forno. Divida a massa em 4 partes iguais. Cubra a massa restante com um pano limpo. Role uma porção de massa e estique-a até ficar fina (não demasiado) e em forma rectangular. Pincele a massa com azeite e salpique com 2 colheres (chá) de za'atar.
Corte a massa na forma que desejar e leve ao forno por 20-25 minutos ou até que fiquem douradas e crocantes.

Notas:
Fiz a massa na MFP, coloquei primeiro a mistura líquida e depois a mistura de farinha, deixei amassar e quando terminou, desliguei a máquina e deixei a massa lá dentro a repousar. 
Tentei contar quantas bolachas obtive mas desisti a meio porque foram muitas e depende sempre do tamanho que vocês quiserem. Eu obtive cerca de 100, metade versão salgada, metade versão doce. 
São óptimas para petiscar com um dip ao lado, mas eu uso a mistura salgada para comer com sopa ou simplesmente para ingerir uma atrás da outra, as doces são completamente viciantes. Caso não tenham za'atar, podem usar a vossa mistura de especiarias favoritas ou as seguintes combinações sugeridas:
  • Doce- 2 colheres (sopa) de açúcar amarelo, 1 colher (chá) de canela moída, 1 pitada de noz moscada;
  • 1 colher (chá) de paprika, 1 colher (chá) de oregãos, 1 colher (chá) de mostarda em pó, 2 colheres (chá) de alho em pó;
  • sal e pimenta;
  • sementes de sésamo, sementes de papoila e sementes de linhaça com uma pitada de sal
No meu caso, fiz a versão salgada com o za'atar e a versão doce com o aroma a canela. Também já experimentei com a mistura de especiarias marroquina da NoMU e ficou muito bom. Na foto, em primeiro plano estão as bolachas de za'atar, em cima as marroquinas e a Oeste as doces. Ficam muito crocantes e, caso não as comam todas de enfiada, devem ser guardadas num recipiente hermético.
Podem ver a receita com o passo-a-passo no blog Choosy Beggars.

Aproveito para agradecer às minhas amigas que fazem com que eu me sinta sempre indispensável. Um até breve a alguém que é indispensável para mim!
Agradeço de antemão a todos os visitantes e todos os comentários que venham a ser feitos :) Bom resto de semana!
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Domingo, 13.03.11

Pão de leite com sementes de sésamo pretas


Numa das minhas últimas visitas à capital, chegando bem tarde e sem ter jantado no comboio, fui recebida com um "Já jantaste? Tens fome? Que queres comer? Tenho isto, isto e isto. Escolhe, anda lá que ainda temos muito que preparar!"; ao que respondi: "Ah e tal, eu até nem tenho muita fome, qualquer coisa serve."
Em cima da bancada estava um pão integral biológico revestido de sementes de papoila e havia queijo. Só poderia querer uma fatia disto combinada com uma fatia daquilo :) Mas foi uma espécie de fatia puxa fatia e, entre palavras puxam palavras, fui enfardando pão e queijo até ser chamada à atenção: "Maria Ameixa, pára de comer e ajuda-me a 'desencarquilhar' o manjericão que está a entupir o funil!"
Na manhã seguinte, rumamos à loja de produtos biológicos e viemos de pão fresco debaixo do braço. Um acompanhou-me na viagem de volta ao Norte. 
Há pães que não se esquecem, acolhidas que permanecem e amizades que se transcendem :) Carlota, este é para ti, mudam as sementes mas o essencial está lá!

Ingredientes:
3 chávenas de farinha tipo 65
3 chávenas de farinha tipo 55
1/4 chávena de açúcar
1/4 chávena de manteiga
2 + 1/4 colher (chá) de fermento instantâneo (usei fermento de padeiro fresco)
1 colher (chá) de sal
1 ovo, batido
2 1/2 chávena de leite
1/4 chávena de sementes de sésamo pretas

Para cobrir:
1 clara
sementes de sésamo q.b.

Preparação:
Aqueça o leite sem ferver e adicione-lhe o açúcar e a manteiga. Permita que a manteiga derreta. Deixe arrefecer e misture-lhe o ovo batido, mexendo com uma colher de pau. Junte a farinha tipo 55, sal e o fermento. Mexa até ficar suave e deixe descansar por 10 minutos. Junte as sementes. Comece a adicionar a farinha tipo 65 e, à medida que for engrossando, passe-a para uma superfície enfarinhada, amasse por 10 minutos e continue a adicionar o resto da farinha aos poucos. A massa começará a ficar suave e elástica. Unte uma tigela com azeite, coloque a massa lá dentro revestindo-a com o azeite, cubra com película aderente e deixe levedar por 1 hora ou até dobrar de volume.
Remova a massa e divida ao meio. Dê a forma que quiser. Bata a clara só até que fique espumosa. Passe a clara pelo pão e role-o em mais sementes de sésamo. Coloque a massa numa forma de pão, cubra e deixe levedar até dobrar novamente de volume, cerca de 1 hora.
Corte o topo dos pães com uma faca afiada. Leve ao forno pré-aquecido a 200ºC por cerca de 30-35 minutos. Retire e deixe arrefecer numa grelha.

Notas:
Como é comum, a capacidade que a farinha tem de absorver os líquidos, muda de país para país. Neste caso, eu tive que adicionar mais cerca de 2 chávenas de farinha até conseguir que a massa ficasse maleável. A minha sugestão é que usem apenas metade do leite e, depois de adicionar toda a farinha e caso seja necessário, adicionem mais leite aos poucos até obter a consistência desejada. 
Também optei por fazer um pão semi-integral, usando 2 das 6 chávenas de farinha integral.
Para facilitar a preparação do pão, fiz tudo na máquina do pão usando o programa "massa" e deixando levedar, omitindo a parte de revestir a tigela com azeite. Depois segui a receita do modo tradicional.
Podem ser usadas quaisquer sementes da vossa preferência. O pão ficou bem mais apetitoso que as fotos mostram e mantém-se fresco e fofo por, pelo menos, dois dias.
Retirei a receita no blog The Knead for Bread.

Bom Domingo e bom início de semana ;)
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Sexta-feira, 07.01.11

Pão de courgette com pepitas de chocolate

Depois da participação no WBD com o Pão para Anunciação e publicadas todas as receitas, fui fazer uma ronda pelos blogs que participaram e encontrei no My Diverse Kitchen, a receita que me encheu as medidas. Um pão de courgette com pepitas de chocolate e com o aroma do cardamomo. Foi impossível resistir a este pão ainda quente, daí a fatia estar meio borratada com o chocolate ainda morno. Graças à humidade dada pela courgette, o pão mantém-se fresco por dois ou até mais dias. Não posso dar certeza porque este pão não durou muito tempo :)
A receita original é do blog Taste of Home, mas em vez do chocolate leva passas. Digamos que eu não fui parva de fazer com passas e ignorar o chocolate, não é?
O começo deste ano não foi nada fácil e tenho-me afundado em chocolate para ver se o desassossego ameniza. Portanto, até no pão ele é bem vindo!
Faço um agradecimento especial à Susana e ao Paulo pelo patrocínio de chocolate, tem-me dado um jeitaço ;)

Ingredientes:
1/2 colher (chá) de fermento seco
3/4 chávena de leite morno
2 colheres (sopa) de açúcar
3/4 chávena de farinha integral
1 1/2 a 2 chávenas de farinha para pão
1 1/2 colher (sopa) de manteiga amolecida
1/4 colher (chá) sal
3/4 chávena de courgette ralada
3 bagos de cardamomo, moídos
1/2 chávena de pepitas de chocolate negro

Preparação:
Coloque 1/4 do leite numa tigela. Adicione o açúcar e dissolva o fermento. Junte a manteiga amolecida ao resto do leite, mexendo bem. Adicione-a, o sal, cardamomo, courgette e as farinhas à primeira mistura e mexa até obter uma massa fofa. Passe a massa para uma superfície enfarinhada e amasse até ficar elástica. Se a massa estiver pegajosa, adicione farinha aos poucos até que fique maleável. Demasiada farinha irá alterar a textura do pão.
Coloque a massa num recipiente untado com azeite, cubra e deixe levedar num local morno até dobrar de volume. Deverá demorar cerca de 1 hora.
Posteriormente, retire a massa e estenda-a (não muito finamente) até formar um rectângulo. Salpique com as pepitas de chocolate e enrole-a, dobrando as pontas de maneira a ficarem por baixo da massa.
Coloque a massa numa forma untada, cubra-a e deixe levedar por mais 30 a 45 minutos. Leve ao forno a 190º C por 40 minutos ou até que fique dourada. Desenforme e deixe arrefecer numa grade. Sirva.

Notas: Fiz a primeira parte da receita na MFP, no programa "massa". Depois segui o resto da receita do modo tradicional.
Usei cerca de 20 gramas de fermento de padeiro fresco em vez do fermento seco.
Não fica um pão muito doce, se quiserem podem aumentar a quantidade do açúcar ao vosso gosto. Fica com consistência de brioche, óptimo para lanches e pequenos-almoços.

Bom fim de semana.
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Sábado, 04.12.10

Empanada galega

O mundo das empanadas foi-me apresentado há muitos anos pela minha amiga Susana. Em todas as festas da casa dela, lá está a empanada em cima da mesa. Por incrível que pareça, nunca lhe pedi a receita, apesar de a ter visto preparar empanada algumas vezes, mas as conversas desviam-me sempre a atenção.
Foi no blog La Pasta que encontrei esta sugestão, embora tenha certeza que existem bastantes variações tanto na massa como no recheio, mas decidi experimentar apesar de ter feito algumas omissões e alterações.

Ingredientes:
500 g de farinha
150 g de água
100 g de azeite
50 g de vinho branco
20 g de fermento de padeiro
1 colher (chá) de sal
1 pitada de açúcar

Recheio:
1/2 kg de atum em azeite
1 cebola
2 dentes de alho
1 pimento vermelho grande
3 tomates
3 ovos cozidos
sal e pimenta
1 ovo

Preparação:

Coloque todos os ingredientes para a massa dentro da cuba da MFP. Seleccione o programa "massa" e deixe amassar mas sem levedar. Retire e reserve.
Faça um refogado com a cebola, alhos e pimento picados, junte o tomate em pedaços e deixe estufar até não ter líquidos. Adicione o atum escorrido, tempere com sal e pimenta e deixe cozinhar mais um pouco, até estar seco. Retire do fogão, junte os ovos picados e reserve.
Separe a massa em duas partes, sendo uma maior que a outra. Com o rolo da massa estique o pedaço maior até obter o formato desejado. Forre um tabuleiro com papel vegetal e cubra com a massa, coloque o recheio espalhado por cima, estenda a restante massa e cubra o recheio. Una os rebordos, pincele com ovo batido, decore a gosto e leve ao forno a 200ºC por cerca de 30 minutos.

Notas:
Não usei os ovos cozidos no recheio e adicionei uma cenoura ralada.
Usei 3 latas de atum em azeite porque não tinha meio quilo e achei que foi o suficiente.
Também se podem fazer empanadas em formato pequeno e com qualquer tipo de recheio, resulta muito bem e fica uma refeição deliciosa com uma sopa do lado :)

Bom fim de semana!
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publicado por Ameixinha às 10:00 | link do post | comentar | ver comentários (59) | partilhar
Domingo, 31.10.10

Pão de sementes integral

Os dias andam negros, pesados, intensos... mesmo a combinar com este pão que vi no blog No Soup For You e que usa o método Bertinet. É um pão diferente na cor e no sabor, muito saudável à conta da utilização das sementes e que, para mim, combina muito bem com compota mas não com manteiga, porque achei que ficava demasiado forte. Para forte basta o vento e a chuva, é preciso amenizar a intensidade das coisas, até mesmo do pão :)

Ingredientes:
200 g de farinha de trigo integral
125 g de farinha multi-grãos: 20 g de sementes de linhaça + 30 g de sementes de sésamo pretas + 20 g de carolo de milho + 55 g de farelo de trigo
175 g de farinha tipo 65
10 g de fermento fresco
10 g de sal fino
340 g de água

Preparação na MFP:
Triture os ingredientes para a farinha multi-grãos numa picadora, repetindo o número de vezes necessárias para obter uma mistura o mais fina possível.
Coloque na cuba as farinhas, desfaça o fermento fresco por cima, junte o sal e a água: seleccione o programa "massa". Quando o programa terminar, retire a massa.

Unte uma forma de pão de 30 cm.
Tombe a massa levedada da tigela para a bancada levemente enfarinhada, suavemente, servindo-se de um rapa-tachos.
Abra levemente a massa num rectângulo, com as mãos. Dobre o lado mais comprido do rectângulo até ao centro e pressione a junção com a base da palma da mão. Dobre o outro lado da massa até ao centro e pressione novamente. Dobre ao meio no mesmo sentido e pressione novamente com firmeza com a ponta dos dedos para selar a junção. Esta operação é que permite concentrar a força da massa numa linha dorsal imaginária. Vire a massa de modo a que a costura fique para baixo.
Pincele a massa com água e polvilhe com sementes. Coloque a massa na forma de pão untada e deixe levedar por mais uma hora (até que dobre de tamanho) coberto por um pano.
Pré-aqueça o forno a 250ºC com um tabuleiro vazio lá dentro. Quando colocar o pão a cozer, deite no tabuleiro uma chávena de água a ferver para criar vapor e obter umas crosta estaladiça. Reduza o forno para 220ºC e coza 10 minutos e depois 30-35 minutos a 200ºC.


Bom Domingo e bom início de semana a todos que por aqui passam!



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Segunda-feira, 04.10.10

Pão d'avó

Onde este pão já vai!!!
Feito em Junho, comido em Junho, esquecido na prateleira das fotografias de Junho :)
Foi feito com uma farinha rústica que a Rute, gentilmente, me enviou há muitos meses. Fica uma espécie de pão d´água com o miolo aberto e fofo e a côdea crocante. Mesmo como eu gosto! Quem não tiver esta farinha acho que pode usar farinha de centeio que ficará bom na mesma.

Poderia publicar uma sobremesa ou sugestão salgada que ainda descansam nas prateleiras de fotos, mas decidi que seria um pão para avisar que dia 16 de Outubro realiza-se a 5ª edição do World Bread Day, - Dia Mundial do Pão- e quantas mais participações... melhor :)
Para saberem como participar, por favor, visitem o blog Tertúlia de Sabores que a Moira tem lá tudo explicadinho, e ponham lá a mão na massa, liguem as vossas máquinas, comprem um pão e falem dele. É o que quiserem, mas participem!

Ingredientes:

550 gr de água morna
9 gr de sal fino
150 gr de farinha easy rustico
600 gr de farinha de trigo tipo 65
7 gr de fermento seco (ou 20 gr de fermento de padeiro fresco)

Preparação:
Caso use fermento fresco, como eu usei, desfaça-o na água morna e coloque na cuba da máquina do pão. Depois adicione as farinhas e por fim o sal. Se usar fermento seco, deite primeiro a água, sal, as farinhas e por fim o fermento.
Ligue a máquina no programa "massa" e deixe terminar.
Coloque no forno um recipiente com água e prepare um tabuleiro salpicado de farinha. Retire uma porção da massa com as mãos enfarinhadas depois do programa terminar, e coloque no tabuleiro sem amassar. Faça assim até que a massa termine e leve ao forno até estar pronto.

Notas: O meu forno não é regulável, não sei a que temperatura cozeu mas ponho sempre entre o minímo e o máximo, se é que isto vos ajuda de alguma forma :)

Boa semana!
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Quarta-feira, 15.09.10

Espirais de canela na MFP

Ando a arrastar-me um bocadinho nas postagens e até tenho dezenas de boas sugestões para publicar. É preguiça de final de Verão e demasiados blogs para ler... parece que não resta tempo para mais nada!
O melhor do Outono não é apenas a temperatura amena, a beleza dos tons avermelhados, o aconchego de um cobertor na cama ou a poesia que um arco-íris revela. É poder ligar o forno à vontadinha e ainda usufruir do ambiente quentinho!
Mas isso não interessa nada porque eu nem sequer fiz estes rolos agora :) Isto está tudo na fila de espera até que chegue a vez de verem a luz do blog.
Então, faça-se luz e espirais com o intenso aroma da canela!

As espirais podem ser feitas no dia anterior e levadas ao forno na manhã seguinte. Eu experimentei mas achei que levedaram demasiado e acabaram por abrir mais do que eu queria. No entanto, ficaram muito saborosas. Só não fiz o glacê porque cá em casa ninguém gosta das coisas meladas. Simplesmente pincelei-as com Maple Syrup (xarope de Àcer) e, não indo dar ao mesmo, ficou bem bom ao ponto de não descansar enquanto não tivessem terminado. A receita veio do Blogchef.net.


Ingredientes da massa:
3/4 de chávena de água morna (+ 2 colheres de sopa de água)
2 colheres (sopa) de manteiga
2 1/2 chávenas de farinha
1/4 chávena de açúcar
1 colher (chá) de sal
1 colher (chá) de fermento de padeiro ou liofilizado

Recheio:
1/3 chávena de açúcar
2 colheres (chá) de canela moída
2 colheres (sopa) de manteiga amolecida

Glacê (não usei)
1 chávena de açúcar em pó
1/2 colher (chá) de baunilha
2 colheres (sopa) de leite

Preparação da massa:
Coloque todos os ingredientes da massa na cuba da máquina do pão e ligue no programa "massa". Quando o ciclo terminar, estique a massa. Numa tigela misture o açúcar e a canela. Espalhe as duas colheres de manteiga sobre a massa e coloque por cima a mistura de canela. Enrole. Corte em fatias e ponha num tabuleiro untado. Cubra com filme plástico e deixe levedar por 1 hora. Remova o plástico e leve ao forno a 180ºC por 20 minutos.
Para o glacê é só misturar os ingredientes e aplicar.

Bom resto de semana :)
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Sexta-feira, 23.04.10

Arroz doce com custard

Foi ao fazer este arroz doce que dei conta que a minha máquina do pão estava pior do que eu imaginava. Ela já não estava só ciumenta, estava também incontinente, porque o leite a modos que verteu pela parte de baixo da máquina e molhou a bancada toda :)
Só tive tempo de fazer este arroz doce duas vezes, se a máquina estivesse boa já o teria feito muitas mais porque, para quem não gostava de arroz doce, estou completamente viciada! Mais um bocadinho e preciso de me inscrever numa clínica de reabilitação.
É de facto bom e é ainda melhor não ter que estar ao fogão a mexer o arroz até ele estar pronto.
A receita anda de blog em blog mas acho que a primeira vez que apareceu foi aqui. Eu dei o meu toque pessoal :)

Ingredientes:
1 litro de leite meio-gordo
200 gr de arroz carolino
100 gr de açúcar baunilhado
1 colher (sopa) de farinha custard
1 casca de limão
canela em pó q.b. para polvilhar no final

Preparação: Deitem tudo na cuba da máquina, programem a função "Doces e Geleias" e depois é só deixar terminar, colocar em tacinhas e polvilhar com canela.

Agora que já tenho a máquina outra vez... vou entupir-me de arroz. Ainda por cima é uma sobremesa baratinha que até dispensa os ovos. Garanto que a farinha custard dá-lhe um sabor fenomenal :)
Vou ali auto-flagelar-me por ter passado estes anos todos a recusar comer arroz doce. Mas confesso que a maioria dos que vejo, não me dá grande vontade de lhes meter a colher. Continuam um bocadinho pálidos. Afinfem-lhe com gemas de ovos ou com farinha custard para colorir um bocadinho esta vida :)

Bom fim de semana!
Continuo ausente, volto Domingo ;)
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mais sobre mim

a possuída moída

Sobrevivo numa selva de hipocrisia, burocracia e cegueira de quem não quer ver. Prefiro não me lembrar da crise de valores que vivemos, mesmo sendo quase impossível esquecer-me disso. Cozinho e como com prazer, mesmo que alguma culpa surja depois. Gosto de andar a pé sozinha, viajar de comboio com um livro na carteira, dizer "Bom dia" com convicção e a sorrir. Ajudar quem precisa é o que me permito fazer sem pensar duas vezes, embora haja muita gente mal-agradecida. Sou adepta da boa disposição, da humanidade e respeito nos serviços de saúde e educação, acredito na capacidade de generosidade e bondade das pessoas que me rodeiam. Entristece-me que, nem sempre, essas capacidades sejam canalizadas quando deveriam. Não gosto das vizinhas coscuvilheiras e de pessoas mal educadas, prepotentes e ocas. Os meus olhos transmitem tudo o resto de mim e são cor da canela. Amo a Fauna e a Flora. Adoro o Outono e as folhas que caem. Não vejo qualquer utilidade em peluches. E a única coisa que é afrodisíaca é o amor.

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