Quarta-feira, 23.03.11

Vou contar-vos como foi


Esta história é da e para a minha mãe, já que nos anos 60 e 70 eu ainda não estava nos planos.

São 8 irmãos, 4 rapazes e 4 raparigas. Elas são todas Maria e eles quase todos Manéis, com um José pelo meio só para destoar. Havia um pai e uma mãe, um tio paterno, mais o pai do meu avô e uma tia da minha avó - casada com um irmão da minha avó, mas já viúva e mais conhecida por "velhota" - eram muitos, 13 sentados à mesa. Naquele tempo fazia-se broa de milho para 8 dias e usava-se como unidade de medida a arroba. Naquele tempo o pão durava e, mesmo duro, era bem aproveitado. A farinha usada era peneirada, só farinha de milho branca, com a água, o sal e o fermento de padeiro. Fui ouvindo estas histórias pela minha vida fora, a família é divertida, as tropelias da infância marcaram-lhes a memória e choramos a rir com isso. Dizem que já não há amigos como antigamente e pão também não. Nasci nos loucos 80, mas a broa de milho perpetuou-se no tempo, a minha avó paterna também a fazia e eu acompanhava todo o processo mas a memória é traiçoeira.
Depois de falar com a minha mãe, depois de ligar à minha tia, chegamos aos ingredientes, mas as quantidades é que foi pior. Resolvi tentar e testar. A receita poderia até nem dar certo - na primeira tentativa foi parar ao pato - mas a história, essa, não falha:

Os oito juntavam-se e, tal como é natural, brincavam às mães e aos filhos. Elas, com pouca diferença de idade umas das outras, reuniam-se, preparavam o almoço e colocavam os irmãos em sentido, em filinha e de bico aberto. É dever das mães sustentar os filhos, certo? Claro que sim, e elas tratavam bem deles. A broa era esfarelada e picavam uma cebola bem picadinha. Misturavam tudo e diziam aos "pintainhos" para abrir a boquinha :) Aquele que se atrevesse a cerrar os dentes, levava com uma delas a tapar-lhe o nariz e outra a enfiar-lhe pela goela abaixo essa deliciosa iguaria que resultava num hálito maravilhoso para o resto do dia ;) Há ainda um tio verdadeiramente traumatizado e que nem pode ouvir falar em broa com cebola!

As crianças são o espelho dos pais! A minha avó materna - conta a minha mãe - usava a broa de milho já bem dura, com 8 dias, partida em pedacinhos, salpicada com umas colheradas de açúcar e uns goles de vinho tinto caseiro e começava a chamar pelos filhos: "Venham cá que é hora do lanche!". Os 8 sentados à mesa, engoliam sem esforço, sem narizes tapados à força, as sopas de cavalo cansado :) Para rematar, entre muito riso e pouco juízo que este desafio me trouxe, diz-me a minha mãe assim: "Nenhum de nós nunca partiu um osso, entre broa com cebola e broa com vinho tinto, estamos rijos e prontos para o que der e vier".
Se fosse hoje, digo eu, estariam todos entregues à segurança social!

Broa de milho

500 g de farinha de milho branca
20 g de fermento de padeiro
300 ml de água
1 colher (chá) de sal

Amorna-se a água e nela se dissolve o fermento. Junta-se a farinha e o sal. Amassa-se bem e deixa-se levedar até que dobre de volume. Antigamente, deixava-se de um dia para o outro. Depois de levedada, passa-se para uma bacia com farinha e dá-se uma volta à massa para a enfarinhar. Coloca-se num tabuleiro enfarinhado e leva-se a forno bem quente até ficar com a côdea dura e bem dourada.
Podem fazer e levedar a massa na MFP.

Esta receita e esta pequena história são a resposta ao desafio "Conte-me a sua receita", proposto pela Laranjinha. Estende-se até dia 27 de Março e, se têm alguma receita com história destas décadas, ainda vão a tempo de participar :)
publicado por Ameixinha às 20:05 | link do post | comentar | ver comentários (49) | partilhar
Domingo, 13.02.11

Salada de brócolos e couscous

Não conheço o blog dela há 5 anos porque a minha entrada na blogosfera é mais recente mas, foi um dos primeiros blogs que comecei a visitar e fui deixando-me ficar por lá. Conheci-a pessoalmente o ano passado, quando ela "rifou" um dos quartos mais bonitos daquele hotel na serra Algarvia. A Laranjinha convida-nos diariamente a entrar no seu Cinco Quartos de Laranja da mesma maneira que me convidou a entrar no quarto das papoilas, para que eu o conhecesse pessoalmente - ou só para me esfregar na cara que tinha ficado a dormir no quarto que eu tanto desejei - e para que lhe desligasse o candeeiro, não fosse ela ter que passar outra noite a dormir com a luz acesa ;)
São 5 anos de blog e ele está cada vez mais fresco, natural, aromático como se fosse uma laranja acabada de colher e pronta para lhe ser retirado todo o sumo. Com 5 anos tão preenchidos surge o desafio da comemoração, felicitar a blogueira - e o querido assistente - pelo objecto do seu trabalho com uma refeição preparada com 5 ingredientes.
Há dias em que sou completamente vegetariana e sei que a Laranjinha também aprecia por isso, deixo estes 5 ingredientes, prontos em 10 minutos. Couscous, "árvorezinhas" e amêndoa algarvia, sugestão recolhida do blog Stone Soup, uma das melhores saladas que provei.

Ingredientes:
1 couve brócolo, cortada em floretes
1/2 chávena de couscous
2 colheres (sopa) de molho de soja
1 colher (sopa) vinagre de Jerez
amêndoa laminada q.b. (opcional)

Leve uma chávena de água a ferver numa panela. Junte os brócolos e cozinhe por 4 minutos.
Remova do lume. Junte o couscous, o vinagre e 2 colheres (sopa) de azeite. Misture para combinar todos os ingredientes. Cubra e deixe repousar por 4 minutos. Mexa o couscous com um garfo. Prove e rectifique os temperos. Sirva com ou sem as amêndoas.

Notas:
A amêndoa é opcional, como não tinha a laminada usei amêndoa inteira que quebrei e salpiquei por cima.
Servi a salada quente mas também pode ser servida fria, fica com os sabores ainda mais destacados.
Não tenho vinagre Jerez, substituí pelo balsâmico.
Pode ser servido como acompanhamento ou prato principal.

Vida longa ao Cinco Quartos de Laranja e boa semana a todos que por aqui passam!
publicado por Ameixinha às 22:45 | link do post | comentar | ver comentários (41) | partilhar
Segunda-feira, 11.10.10

Sopa de noodles com espinafres

O Outono está aí, o frio entranha nos ossos e, para aquecer, só uma bela sopa fumegante. Esta, com caril nos ingredientes, garante aquecer corpo e alma... num instantinho :) Vi a receita no Cattelia e jurei a pés juntos que tinha que a fazer. A Manuela do Delícias e Companhia lançou o desafio das sopas e vi aqui a oportunidade de publicar esta receita. Ora aí vai!

Ingredientes:
azeite q.b.
2 peitos de galinha
2 cebolas pequenas
2 colheres (sopa) curry/caril (usei uma e já aqueceu bastante)
5 mãos de folhas de espinafres frescos ou igual quantidade de congelados
1/2 colher (chá) de noz-moscada em pó
3 cubos de caldo de galinha (não usei)
1 litro de água
sal e pimenta
noodles de ovos (usei massa de arroz)

Preparação:
Ponha uma panela em lume médio e deite azeite até cobrir a superfície. Adicione os peitos de galinha e deixe-os alourar por 5 minutos de cada lado. Remova-os e reserve.
Ponha outra panela ao lume e adicione uma colher de sopa de azeite e os espinafres lavados. Adicione a noz-moscada e mexa até os espinafres murcharem (se usar espinafres congelados, ponha-os num tacho com alguma água em lume brando). Reserve.
Na mesma panela onde alourou os peitos de galinha, coloque azeite até cobrir a superfície e aqueça em lume médio. Junte as cebolas cortadas às fatias e mexa de vez em quando. Depois de 3 minutos adicione o caril e mexa bem para envolver as cebolas. Ponha em lume baixo e deixe cozer por 5-10 minutos até as cebolas amolecerem. Mexa de vez em quando.
Noutra panela junte a água com o caldo de galinha e leve a ferver. Parta os peitos de galinha em bocadinhos, junte-os aos espinafres e às cebolas e mexa bem. Deite sobre esta mistura a água com o caldo e deixe ferver por 2 minutos. Junte a massa e deixe cozer. Rectifique os temperos, se necessário. Sirva com pão, se quiser.

Notas:
Normalmente, faço sopas numa panela só. Infelizmente, esta exige que se suje um bocadinho de loiça mas o resultado final vale bem a pena.
Usei noodles de arroz, portanto desliguei primeiro o lume e só depois juntei a massa porque ela coze rapidamente.
O caril que eu tenho é bastante "quente", com apenas uma colher obtive uma "canja" potente, cuidado com o pózinho :)
Como não usei caldo de galinha, não sujei outra panela. Apenas aqueci 1 litro de água no fervedor eléctrico e adicionei à mistura de ingredientes.
Esta sopa é apta para celíacos.

Boa semana a todos!
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Domingo, 09.05.10

O que era bom, acabou-se :)

Para terminar, duas semanas após a viagem ao Sul, deixo o relato do último dia. Agradeço mais uma vez à ASA - Associação Sotavento Algarvio - apesar de dizerem que por lá Só Tá Vento e ter chovido sempre ao fim da tarde, mas isso são pormenores que eu perdoo :)

Um muito obrigada ao Sr. Detlev von Rosen, proprietário dos Viveiros Monterosa, que tão carinhosamente nos recebeu e respondeu a todas as curiosidades acerca do olival e dos azeites, à Vereadora Marlene Guerreiro e à Cláudia que nos receberam no restaurante Fonte da Pedra em S. Brás de Alportel, e aos proprietários do restaurante que aconchegaram de forma deliciosa os nossos estômagos antes da longa viagem de regresso a casa.

Minhas queridas companheiras, colegas e amigas, só vos tenho a agradecer os momentos de descontracção, animação e satisfação que vivemos durante estes dias. Espero sinceramente, que outras oportunidades surjam em breve para matar as saudades e para dar dois dedos de conversa.
A todos os leitores do blog que, pacientemente, têm cá vindo à espera de encontrar receitas, só vos posso dizer que, se um dia tiverem oportunidade, visitem o Sotavento Algarvio!


Domingo, o último dia,
É o fim desta viagem.
Só de pensar dá-me azia
Façam as malas, coragem!

Check-out da quinta.
Deixar a serra para trás .
Mais umas fotos com pinta,
E eu sem pentear as cãs :)

Olhem a bela surpresa
Os lindos cestos de encantar!
O Algarve é uma riqueza,
Já não vamos de mãos a abanar :)


A última paragem
Foi nos Viveiros Monterosa.
Que bom, respirem a aragem
Da plantação fabulosa.


Dirigidas pelo Sr. Detlev
Que nos explicou o funcionamento.
Nada ali nos impede,
De entrar pelo Olival dentro.


Estava calor, é certo!
O sol estava a escaldar.
De repente, ali tão perto
Surge um besouro a esvoaçar.

Pousou com delicadeza.
Não era gafanhoto, que bom!
Se fosse, eu fugia de certeza
Mas não era de bom tom.


Calcorreando o olival
Vendo de perto as Oliveiras.
A apanha é artesanal,
O azeite ultrapassa fronteiras.

Também fizemos degustação
Do produto ali fabricado.
De copinho de plástico na mão
Provamos azeite delicado.



Era virgem com uma bela embalagem
E também estava à venda.
Puxam da nota com coragem
Para oferecer como prenda.

Já estava a Ana a avisar
À chefe Margarida,
Que o tempo estava a passar
E tínhamos à espera a comida.

Despedimo-nos da plantação
Saímos pra São Brás de Alportel.
Tivemos que pedir informação
Acerca do lugar do farnel.


Tivemos borrego e bacalhau
De entrada um camarão delicioso.
Comemos até dar cum pau!
Creme de manga, tarde de maçã e tiramisú famoso.


Fonte da Pedra, assim se chamava
O restaurante que nos deu bom comer.
Depois disso íamos prá estrada
Despedi-mo-nos quase a correr.



Apanhamos um domingueiro,
Tivemos que os quatro piscas ligar
Apetecia dar-lhe com um tranqueiro
Para o carro dele arrumar.

Ai que falta pouquinho!
Margarida tu acelera,
Vai-me dar o bagaiozinho
Olhem que o Alfa não espera.

Um minuto era o que faltava
Voamos da carrinha com as tralhas.
O homem no alfa gritava
Depressa metam cá as malas!

Ai que desgraça, que aflição!
Por pouco ficávamos em terra,
Ia morrendo do coração
Adeus Algarve, ria e serra.

Mais 6 horas de viagem,
A caminho do meu lar.
Vá Ameixa, tem coragem
Isto é tudo pra recordar.

Caríssimas companheiras,
Que prazer foi conviver.
Já somos quase confreiras
Vivem cá dentro, estão a ver?


Este blog seguirá com a sua programação habitual. Apesar da máquina ter dado o berro, ainda tenho algumas receitas para publicar. Depois disso... logo se vê :)
Bom Domingo e bom início de semana!
publicado por Ameixinha às 15:30 | link do post | comentar | ver comentários (45) | partilhar
Quarta-feira, 05.05.10

Safari de manhã à noite!

Este dia foi um verdadeiro safari, cheio de aventuras que começaram na serra, passaram pelos táxis e terminaram no Lollipop!

Quase todas as pessoas têm uma música que lhes lembram certas viagens e pessoas, e nós, como grupo de possuídas, também temos uma. Será que conseguem adivinhar qual foi?

As saudades já são mais que muitas e estes relatos transportam-me durante mais um bocadinho para aquele ambiente surpreendente. Não, o relato não termina aqui... este é só do Sábado. Falta o último dia :)

As fotos foram todas "emprestadas" das minhas companheiras de viagem. Não consegui recuperar as minhas e a máquina está encostada de vez... morreu!

Ora mais um pequeno-almoço
Queijo, fiambre e pão bem torradinho.
Kiwis, morangos, ananás sem caroço
Café, sumo, água e leitinho.

Os jeeps já estavam à espera,
O Safari ia começar.
Íamos subir a Serra
A Pipoka teve que se pentear.



Saquei do pente de estimação.
Emprestei-o com carinho
Ela meteu-lhe a mão
Nunca mais vi o pentinho :)

Vão com o Eric ou com o António?
Decidam lá, façam a divisão
Vamos ver o património
Apertem os cintos então!

Tire-nos uma foto aqui!
Apanhe-nos bem, veja lá.
O Sr Eric ficou parado ali
Ai que és um homem morto, já está!

Mais uns balanços no jeep
Lá vamos nós ver os sobreiros.
Oh my God, i'm feeling sick!
Chamem os bombeiros :)

Olhem ali os medronhos
Tantos, cheios de sementes.
Bebem com semblantes risonhos
Matam o bicho, cerram os dentes :)


A Serra é delicada, tão bonita
Cheia de estevas floridas.
Duas miúdas sacam da marmita
E mandam cascas de banana às urtigas.


Sr Eric bem entusiasmado
As amêndoas vai distribuindo
É para plantar num vaso
Vão ver como vai ser lindo!

Depois de percorrer a estrada
Com tanto buraco, tanto tropeço
Dirigimo-nos à Beterraba
E viramo-la do avesso.

É de uma senhora alemã simpática
que vive há muitos anos em Portugal.
E que faz disto a sua prática,
É tudo muito biológico, natural.



Olhe o troco, confira
Depois das compras já pagas
Fomos para o A Ver Tavira
Estávamos esfomeadas.

O polvo estava em harmonia
Com o doce da batata
O bicho era de Santa Luzia
Bebe um Cortello tinto, que não mata!

O atum ficou corado
Por entre tanta beleza.
Pelo pimento rodeado,
Com 9 mulheres à mesa.



O collant era de alfarroba
Os frutos silvestres acompanhavam.
Gelado de poejo de sobra
Que bem que eles combinaram.

Depois já no Palácio da Galeria
Quebramos de forma monumental.
A Carlota já não mais podia
O sono tomou-nos de maneira anormal!

Mas toca a pôr a mão na massa
A Dona Cruz vai explicar
O doce é fino, a amêndoa amassa
Com açúcar e clara pra misturar.



Façam lá bolinhas,
Com ovos moles no centro.
Depois dêem-lhes forminhas,
Dá-me lá uma que eu tento!

Eram maçãs, limões e queijinhos
Pêras, cenoura e melancia
Depois de tantos frutinhos
A banana é que não saía :)


Saímos para os jardins
Descemos o escadario
Visitamos lojas gourmet e afins
Nunca se viu tanto mulherio.

Passamos na garrafeira Vital,
Licor de alfarroba compraram.
E na Ex-libris Gourmet fenomenal
O de poejo arrecadaram.

Eu vim com uma lata de sardinhas
Sou uma garota sem dinheiro
Tenho que guardar as moedinhas
Para pagar ao merceeiro :)

Seguimos para a feira da Primavera.
Fomos visitar as barraquinhas,
Tinham chás de todo o tipo de erva
Especiarias, cestos e comidinhas.

Olhem as horas, já não é cedo,
Perdemo-nos a conversar.
Peçam um táxi, ai que medo!
Vamos para o Hotel antes de jantar.

E não é que nos perdemos?!
Fomos a uma herdade dar
Ai o que nós sofremos,
Com o motorista a resmungar.

Ó senhor tenha lá calma!
Estamos sem saber o rumo a seguir,
Meta marcha-atrás, sossegue a alma
O melhor a fazer é rir :)

Finalmente, o Hotel Rural
Apareceu-nos à frente.
Foi uma experiência sem igual
E eu continuo sem pente!

O jantar foi na Praia Verde
Era panorâmico, muito acolhedor
Venha o tinto que temos sede
E o atum, as ovas, que belo sabor!

O polvo com alho estava espectacular
Entretanto veio arroz de lingueirão
A caldeirada com poejo, sabor a mar
Tudo servido pelo Sr. João.



Já está na hora da caminha?
Então para que é o pijama?!
Com foguetes, parece uma festinha,
Era sobremesa com fama.

No fim fomos visitar
O Lollipop ali ao ladinho.
Perdi o cartão na hora de entrar,
À saída deu cá um medinho.

Os seguranças olhavam para mim
Com cara de poucos amigos.
Ofereci amêndoas em troca, enfim
Encontrei o cartão, estava fora de perigos :)

Seguiu-se um momento
Perdemo-nos em palavras.
Viagem pela noite dentro
A carrinha ganhou asas.

Fomos para o Hotel,
O quarto das papoilas fui visitar.
O candeeiro tinha um cordel,
A Laranjinha não queria acreditar.

Corremos mais alguns quartos,
Para ver o ambiente.
Cá fora andavam os gatos
Lá dentro estava quente.

O Sábado foi assim,
Preenchido com certeza.
O Domingo é o fim,
Desta viagem em beleza!
publicado por Ameixinha às 10:45 | link do post | comentar | ver comentários (48) | partilhar
Sábado, 01.05.10

Por entre ria e serra!


No meio de tanta atrapalhação na minha vida, fui conhecer o Algarve, conhecer blogueiras que de outra forma não conheceria, provar a gastronomia local, conhecer locais lindíssimos. Sou privilegiada nas amizades, é isso que me dá um certo alento.

De tanto blog bom, começo a desconfiar que só fui convidada porque já sabiam que eu ia fazer o relato a versejar :) E olha pra mim muito incomodada com isso! he he

Não vamos insultar os verdadeiros poetas, eu apenas faço umas graçolas com as palavras... não obedeço a métrica nenhuma. É o que me dá na moleirinha e faço isto para me divertir e para divertir quem lê.

Os versos de hoje são especialmente dirigidos às pessoas que nos mostraram a terra onde vivem. De Olhão a Tavira, da Ria à Serra, convivemos pacificamente com a Fauna e a Flora da região e tenho a dizer que tudo é maravilhoso.

Ao Ricardo Badalo e ao Joaquim que nos deram a conhecer a Ria Formosa, ao Bruno Martins que é Director do Hotel Vila Galé Albacora e ao Chefe João Santos que tão bem nos recebeu no restaurante Salinas, ao Guia e Biólogo Samuel que nos levou por entre o Arraial Ferreira Neto e o Museu do Atum, aos Confrades José Manuel Alves, João Botelho e Felícia Sampaio, que nos trataram como confreiras, ao Sr. Coronel Rosa Pinto e à Clara que nos mostraram a flora tão própria do Barrocal, à D. Otília pelo fabuloso lanche, e ao restaurante O Costa em Cacelha Velha que tão bem nos alimentou :)



Na Sexta-feira foi assim:
Se eu descesse ao Algarve.
Então quem foi que as comeu?
Eu não fui, que não sou alarve!

Preciso é de café,
Mas a máquina não funcionava!
Ai que levas já um pontapé,
A Carlota leva tudo à pancada :)

Tomar o pequeno-almoço?!
Qué das Waffles bem quentinhas?
Para depois ir ter com o moço,
Ver a ria e apanhar conchinhas.


Ricardo e Joaquim
Conduziam as embarcações
A ria parecia não ter fim,
Ai as ondulações!

Tem calma Ameixinha,
Agarra-te ao assento.
Senão bates com a cabecinha
No motor e é um tormento.


Atracamos numa ilha
De polvos e cavalos marinhos falamos.
Uma pequena maravilha!
A RTP2 causou danos :)

A porto seguro chegadas
Seguimos para o Mercado de Olhão.
Cum canário tantas bancadas
De legumes, frutas, peixe, carne e pão.


A Pipoka e a Gasparzinha
Atiraram-se às favas
Fotografia mais fotografiazinha
Pela Helena eram tiradas.


Guardem lá o material,
Que temos que nos apressar.
Vamos esfomeadas para o Arraial,
No Salinas almoçar.

Mas primeiro a visita ao museu,
Para falar do atum e sua pesca.
Eis que o guia Samuel procedeu
À explicação de forma minestra.


Qual José Hermano Saraiva!
O homem sabia de tudo.
Do atum e da faina
Ficou tudo calado, tudo mudo.

Com confrades por companhia,
É um prazer estar a almoçar.
Também lá estava a directoria,
E o chef a explicar.

Primeiro as entradinhas,
O polvo com flor de laranjeira
Suou até às estopinhas,
Mas o crepe apanhou-o à maneira.


Porco preto e do atum a barriga
Enroladinhos, tão deliciosos
Cada uma de nós era formiga
A saborear pratos gulosos.


O vinho Barranco Longo Rosé
Estava bem fresquinho.
Acho que já não me consigo pôr de pé,
Que se lixe, mais um copinho!


De batata doce era a azevia,
E trazia café na gemada.
Tudo calado, tudo comia,
Nunca ninguém se queixava.

A bicha que é solitária,
Já estava bem alimentada.
A confreira muito solidária,
Viu a Pipoka com olhos de fada.

Era a mais nova do grupo
Claro que era, pois sim!
Pipokinha ficou com o ego ao rubro
O orgulho não tinha fim!

Ela está muito bem conservada,
Realmente não aparenta.
Eu também fui enganada!
Na realidade tenho 1 metro e 70 :)

Mais umas fotografias
Para a posteridade.
Percam lá as manias,
Vistam o capote do confrade.

Tá tudo de sapatilha calçada?
Pronto para deixar o Vila Galé Hotel?
Então vamos embora mulherada
Ter com o Senhor Coronel!


Descobrimos ervas aromáticas
Por entre a serra embrenhadas.
As plantas são fantásticas,
Até se protegem de ovelhas e cabras.

Se vejo um gafanhoto eu abro asas!
É bicho que não suporto.
Corro, grito e fujo sem deixar pegadas
Faço cenas mas não me importo.

O que era para ser surpresa,
Foi desvendado pelo Sr. Coronel.
Fomos ter a uma bela mesa
Com chás, bolo de cacau e bolo de mel.

A D. Otília é toda despachada.
Ela gosta é de pôr o pessoal a pensar
Deu-nos chá para provar à golada,
E tivemos que tentar adivinhar.

Depois disso lá fomos saciadas,
Levando na mão o caderno.
Apesar de estarmos cansadas,
Fomos ao Pêgo do Inferno.


Ameixa sobe,
sobe a calçada
Vai que não pode,
ai estou cansada.

Anda lá que já faltou mais,
Não fiques pra trás senão ficas sozinha.
Tenho que ir aos canaviais,
Só para dar uma mijinha?!

Vocês são loucas,
Sei que sou da aldeia.
Mas sou das poucas
Que não faz xixi na areia.

Chegadas ao hotel,
Aliviada a bexiga.
Vamos a mais um farnel
No Costa de frente à ria.

Mas ao fim da tardinha
Chega mais uma prá cowboiada
Dona Laranjinha,
Vamos lá à jantarada.

Venham de lá as conquilhas,
Junta-te a nós ó Badalo!
As ostras são para serem comidas
A cataplana vai no embalo.


Telefono eu para casa,
Entre ostras e arroz de lingueirão.
Digo que das gajas estou enjoada
Responde-me a mãe: Fosga-se, então!

Era muita gaja para um barqueiro,
Nós não nos calávamos.
Passou o jantar inteiro,
A rir e a desejar afogar-nos.

Risota para aqui, para ali,
Vamos terminar a noite num bar.
Está tudo fechado aqui,
O Badalo teve que abalar.

Cansou-se da gajada fenomenal,
Despediu-se com simpatia.
Diz que ia ver o segundo canal
Para a sua freguesia.

E nós lá fomos singelas
Dormir no nosso cantinho.
Amanhã é que são elas
Espera-nos o cafézinho :)

Aviso já que se me quiserem levar a tribunal, eu sou um caso perdido. Não se apoquentem que eu serei considerada inimputável e ficará tudo em águas de bacalhau.
Além do mais, isto não termina aqui. Esperem pelo fim e metam os processos todos juntos, ok?
Bom resto de fim de semana!
Eu volto em breve com mais uma parte do relato :)
publicado por Ameixinha às 23:50 | link do post | comentar | ver comentários (49) | partilhar
Sexta-feira, 30.04.10

Do Norte ao Sul!


Muitos de vocês já leram acerca do que me manteve a mim, e a outras blogueiras, afastadas da internet no passado fim de semana. A maioria delas, na verdade acho que foram todas, já falaram um bocadinho do que aconteceu. Todas nós fomos contactadas pela ASA - Associação Sotavento Algarvio - cuja directora executiva é a também dona do blog Figo Lampo, muito bem acompanhada da sua colega Ana Santos que fez com que tudo corresse como planeado :)

Convites feitos, convites aceites, rumamos todas a Sul. Um Sul ao qual nunca tinha ido, que não conhecia e que, por isso, não poderia perder esta oportunidade. Foram quatro dias inesquecíveis, de uma incontornável beleza, a empatia entre todas foi tal que tudo era motivo de risota. Bem podem imaginar o que por lá aconteceu, se bem que é inimaginável.

Estes relatos e as descrições que temos vindo a fazer são antes de mais, para louvar a iniciativa da Associação, para reafirmar o quanto gostamos do que vivemos, para homenagear todas as pessoas que nos receberam de braços abertos, que nos apresentaram um Algarve riquíssimo em sabores, aromas e cores; também para tornar imortal todos os momentos que lá passamos, todas as experiências que vivenciamos, toda a ligação que se estabeleceu entre nós e, por último, para vos dar a conhecer esse Algarve de contrastes que pode ser - e é - muito mais que sol e praia :) Não nos responsabilizamos por qualquer pontinha de inveja que possa despertar ao mais manhoso dos leitores. Aqui não aceitamos cartões, complicações ou reclamações!

A minha descrição daqueles dias vai ser um tanto ao quanto diferente, as minhas colegas de viagem esperam que eu me esgadanhe de tanto puxar pela moleirinha a tentar versejar. Como refiro sempre, é muito provável que não se entenda tudo aquilo que eu vou dizer. Há coisas que só são passíveis de entendimento por quem lá esteve comigo. Por isso, eu peço desculpa mas ao versejar tenho que comprimir os acontecimentos. É óbvio que é um relato mais descontraído mas nem por isso menos sério :) Dedicado espacialmente à Ana, à Carlota, à Gasparzinha, à Helena, à Laranjinha, à Margarida, à Mónica e à Pipoka. Espero que gostem miúdas :)

De minha parte, só posso dizer que estou velha, mas este lugarzinho da minha memória ficará intocável, pelo menos até aparecer o Alzheimer!


Aqui vai, apertem os cintos ;)

Quis saber quem sou,
Que fazia ali!
Quem me convidou?
Ai, já me perdi!

A Mónica e eu,
As primeiras a viajar.
6 horas é muito meu!
Já me estou a passar.

Perguntei quem tinha
Desistido em meu lugar!
Mas era a minha sina,
Ter que as aturar :)

Mal me vi sentada,
Depois da Pipoka entrar,
Começou a galhofada
E o Alfa a abanar.

Sacamos das marmitas.
A fome apertava.
Estávamos nas tintas,
A Carlota quase enjoava.

Em silêncio, lá ficamos.
Mas ainda falta tanto?
Felizmente lá paramos,
Em Faro fizemos um pranto.

Quem estava à nossa espera,
As meninas Ana e a Margarida.
Viram um grupo bera
Na serra deram-nos guarida.


Sempre em andamento.
Com o pé no acelerador,
Chegamos à Quinta do Marco num momento.
Que espaço acolhedor!


Ainda nos juntamos,
Na sala para a converseta.
De tudo um pouco falamos
Era o que dava na veneta :)

Cada uma para seu quarto,
Toca a adormecer!
Levantar às sete e um quarto,
Ver a serra amanhecer.



As nossas aposentações,
Eram gigantes podem acreditar.
Podíamos lá meter uns milhões
Cabia gente até fartar.



Mas garanto que fomos certinhas*.
Nunca lá entrou ninguém!
A não ser as lindas gatinhas,
Que nos receberam tão bem :)




Com uma cama de casal,
Mais uma de solteira.
Tv ligada no segundo canal :)
Dormi bem a noite inteira!

O fim de dia de quinta-feira foi assim, seguem-se os próximos capítulos em breve... se eu tiver paciência e se o blogger deixar!

Podem ler e ver os relatos que as minhas companheiras de viagem já fizeram, é só clicar nos links dos nomes delas e apreciar a escrita e fotografia de um Algarve visto aos olhos de cada uma.

Bom fim de semana!


*Não ponho a mão no fogo por ninguém :)
publicado por Ameixinha às 10:45 | link do post | comentar | ver comentários (36) | partilhar
Sábado, 17.04.10

Panquecas prateadas de laranja e coco

Confesso que está a custar encarreirar na net depois de tantos dias ausente. Descobri que isto enerva-me, não há qualidade de vida nenhuma em estar sentada em frente ao computador e a ficar com o rabiosque quadrado! Além do mais, ainda não consegui configurar a porra do Google Chrome e começo a ficar ainda mais possuída :)
Acho que a coisinha que me fez mais falta foi a página do Instituto de Meteorologia, porque o raio do tempo dá comigo em doida e eu gosto de saber qual a previsão para o dia de amanhã.

Quanto aos vossos blogs eu sabia que, quando voltasse, podia colocar as leituras em dia. Nada se perde na blogosfera :)
Foi ao actualizar as leituras que descobri que o Delícias e Talentos tem novo desafio. Antes do computador dar o berro publiquei as codornizes, que devem ter enjoado a maioria das pessoas que cá vieram, tal foi o tempo em que elas estiveram no topo da página à espera de nova publicação :)
Pois bem, antes que aconteça mais uma desgraceira, vou publicar a minha receita, participando assim no desafio Cozinhar com laranja com umas panquecas de laranja e coco que vi no blog Food loves writing.


Ingredientes:
3/4 chávena de farinha
2 colheres (sopa) de açúcar
2 colheres (chá) de fermento
1/2 colher (chá) de sal
1/4 chávena de coco ralado
3/4 chávena de leite
1 ovo
1 1/2 colher (sopa) de manteiga, mais para a frigideira
1/2 colher (chá) extracto de baunilha
1 colher (sopa) de zest de laranja
1 colher (sopa) de sumo de laranja

Preparação:
Numa tigela, misture a farinha, açúcar, fermento, sal e coco. Reserve.
Noutra tigela, combine o leite, ovo, manteiga, baunilha e sumo de laranja. Adicione estes ingredientes à mistura seca e mexa até combinar. Adicione o zest de laranja.
Aqueça um pouco de manteiga na frigideira em lume médio. Quando estiver derretida, coloque colheradas de massa e deixe cozinhar por cerca de 2 minutos ou até ficarem douradas, depois vire e deixe cozinhar do outro lado.

Sirva com xarope, compota, manteiga, etc. Eu usei laranjas maceradas que tinha feito no dia anterior. É só cortar duas fatias finas de 4 laranjas, uma a partir do topo e outra a partir da base. Com uma faca afiada, retire a casca das laranjas e a película branca que a reveste. Com um corte separe o lado de um gomo entre a parte "carnuda" da laranja e a membrana. Repita o mesmo procedimento para o outro lado do gomo e levante-o para o retirar. Faça-o sobre uma tigela para aproveitar o sumo de laranja. Repita o mesmo com todos os gomos. Coloque-os num prato raso e polvilhe com 1 colher (chá) de casca de limão ralada, 3 colheres (sopa) de açúcar refinado e 1 colher (sopa) de sumo de limão. Mexa com cuidado. Tape e deixe no frigorífico pelo menos 4 horas. Mexa novamente. Sirva frio. Esta receita foi retirada d' "O livro essencial da Cozinha Mediterrânica".

Notas: A tradução de silver dollar para "prateadas" é minha. Não sabia bem como traduzir e esta pareceu-me a melhor tradução :) Segundo apurei o silver dollar é das moedas mais famosas do mundo!
publicado por Ameixinha às 11:15 | link do post | comentar | ver comentários (62) | partilhar
Sábado, 28.11.09

Beijos de chocolate

Que nome romântico não é? Lamechas que eu ando e nem sequer me apareceu um gajo bom pela frente ;)
O desenvolvimento desta receita foi tudo menos romântico. Comecei por queimar os dedos da mão esquerda ao pegar na tigela no microondas com o chocolate derretido. Depois, o chocolate branco não derreteu, queimou. Fenómeno que me era desconhecido mas que me traumatizou.
O chocolate branco não derretia no microondas, começou a ficar acastanhado. Levei-o ao fogão e quando dei conta, a pega que tinha na mão para segurar o tacho, estava a queimar-se he he Tive que a sacudir no ar para o lume apagar!
O chocolate branco derreteu à força, transformou-se em pedra e soltou um líquido parecido com manteiga. Julgo que era a manteiga de cacau.
Apesar de tudo, resolvi continuar e fazer tudo com o chocolate preto.

A receita é bastante simples mas, às vezes, os ingredientes e as cozinheiras complicam :)
No final, obtive uns biscoitos que nunca tinha provado, nem os de compra são assim. Para quem gosta de biscoitos que se desfazem na boca, biscoitos que parecem uma fatia de bolo... esta é a receita!
Saiu de um livro chamado "The chocolate and coffee bible", está tudo dito não acham? Façam que não se vão arrepender! Cuidado com o chocolate branco ;)

Com esta sugestão participo da comemoração do aniversário do blog Chocolate em Pó. Como não tenho nem nunca tive um caderno de receitas, resolvi concorrer e tentar ganhar o que a Luciana está a oferecer. Mas tenho certeza que muitas mais receitas deliciosas vão aparecer por lá. Portanto, resta-me prestigiar o blog, a bloguista e o chocolate com esta receita que aqui vos deixo.


Ingredientes para 24 unidades:
75 g de chocolate semi-amargo (usei um com 70% cacau)
75 g de chocolate branco (usei um do Lidl que costuma derreter bem, este passsou-se da mona)
115 g de manteiga amolecida
115 g de açúcar
2 ovos
225 g de farinha
açúcar em pó para decorar

1. Derreta o chocolate preto e o branco em tigelas separadas e reserve.
2. Bata a manteiga com o açúcar até ficar pálido e fofo. Junte os ovos um a um. Envolva a farinha e misture bem.
3. Divida a massa e misture-a às tigelas onde estão os chocolates derretidos. Mexa bem até a massa ficar mole. Envolva as massas separadamente em película aderente e leve ao frigorífico por 1 hora. Pré-aqueça o forno a 190ºC.
4. Forme bolas de massa com a ajuda de uma colher de sopa. Role as bolinhas entre as palmas das mãos para lhes dar a forma. Coloque-as num tabuleiro untado ou no tapete de silicone e leve ao forno por 10-12 minutos.
Polvilhe com açúcar em pó e deixe-as arrefecer numa grade.


Não sobra migalhinha destes biscoitos!
Alguns deles rolei-os no que me sobrou de 100 gramas de chocolate branco e gostei do resultado.
Obtive mesmo 24 biscoitos. Uma receita fiável, portanto!
Não deixem passar mais de 12 minutos no forno. Os biscoitos ainda vão estar moles ao toque mas, depois de os retirarem, eles vão endurecer ligeiramente.
Mornos são uma verdadeira perdição :) Estava capaz de jurar que me parecem brownies em forma de biscoito!
Só me resta esperar que alguém faça e confirme, ou desminta, o que estou a dizer :)

Bom fim de semana a todos!!!
publicado por Ameixinha às 10:30 | link do post | comentar | ver comentários (75) | partilhar
Quinta-feira, 22.10.09

Bolachas de aveia e coco

Outono pede biscoitos, certo?
Na verdade o ano inteiro pede biscoitos mas com calor não dá para ligar o fogão!
O problema maior é quando queremos fazer qualquer coisinha doce e faltam ovos em casa.
Piora quando o único mini-mercado da aldeia tenha decidido fechar há umas semanas atrás. Ovos, só a mais de 1 km de distância e não há vontade de sair de cada propositadamente para comprá-los. O que fazer? Procurar receitas que não levam ovos e cá está uma delas. O ovo não fez faltinha nenhuma :)

Biscoitos mais saudáveis, pouco açúcar, muita aveia, sem ovos e encontrei-os aqui. Os meus ficaram mais clarinhos porque o meu forno só tem gás por baixo e é irregulável, mas ficaram bem cozidos, apenas estão mais pálidos. Os flocos que usei eram dos finos e creio que, do blog de onde retirei a receita, foram usados flocos de aveia grossos.
Aqui em casa gostaram muito e passou a ser uma receita a fazer novamente e não só em casos de não ter ovos.
Luísinho, amigo, bem que podias fazer a mudança de sexo agora e começar a pôr ovos. Que achas, bicho? Sempre fazias render o dinheiro da ração! :)


Ingredientes:
1 chávena de farinha
1/2 colher (chá) de bicarbonato
1/2 colher (chá) de sal
1 chávena de coco ralado
1 chávena de flocos de aveia
1/2 chávena de manteiga
3/4 chávena de açúcar (usei menos)
2 colheres (sopa) de mel

Pré aqueça o forno a 180ºC.
Prepare e unte os tabuleiros.
Numa tigela grande junte a farinha, o bicarbonato e sal. Adicione depois a aveia e o coco.
Derreta a manteiga com o açúcar e o mel numa caçarola sob lume médio. Retire do fogão e deixe arrefecer por 2 minutos.
Deite na mistura de ingredientes secos e envolva com uma espátula.
Faça bolas do tamanho de nozes com a massa e coloque-as afastadas nos tabuleiros e achate-as ligeiramente com um garfo.
Leve a cozer por 15-20 minutos ou até estarem douradas. Deixe arrefecer no tabuleiro até estarem firmes.
Usando uma espátula, coloque-as a arrefecer numa grelha.

Notas:
Dá cerca de 25 bolachas.
A blogueira achou-as demasiado doces porque usou coco ralado adoçado. Eu usei o comum, acho que não é adoçado e não as achei muito doces. Gostei bastante!
São uns biscoitos macios, mas ligeiramente crocantes nas beiras.
Para quem tem e para quem gosta, podem substituir o mel por maple syrup/xarope de ácer. A blogueira de onde retirei as bolachas tinha xarope de ácer mas também resolveu usar mel porque sabia, de antemão, que lhe iam perguntar se dava para substituir. Como eu não tenho, tive mesmo que usar mel. Fica ao gosto de cada um :)
A massa espalha-se, portanto não se esqueçam de deixar algum espaço entre eles antes de os levarem ao forno.

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Do blog, do coração, dos ménages, tudo e tudo :) A Abóbora lançou-me este desafio.

As regras são:
- Postar o selo
- Responder a umas perguntinhas:
1. Cor de esmalte/verniz: vermelho, bordeaux, transparente e branco. As muito escuras e muito claras... tudo menos aquelas cores muito garridas que dão nas vistas.
2. Baton: cieiro porque sou alérgica a glosses, fico com os lábios empolados e comichosos :) Uma espécie de Angelina Jolie muito manhosa he he
3. Ama: animais, natureza, amigos e alguns familiares.
4. Odeia: quem não gosta de animais, da natureza, alguns familiares, ditadores, açambarcadores, estrupadores, caluniadores, estar doente, monumentos e casas ao abandono, lixo no chão, crianças que acham que nunca vão ser velhos e abusam de quem já é, pais que se demitem da sua função, armas, drogas, e mais uma série de coisas.
5. Música: de quase tudo, menos aqueles em que parecem estar aos berros e acabam com o meu sistema nervoso! Música pimba ou popular portuguesa também não dá. Só Quim Barreiros nas noites de queima e nas festarolas :)
6. Livro: uns quantos! A Espuma dos Dias, O Perfume, A peste, entre outros.
7. Meu maior sonho: que a minha vida não seja um pesadelo ;)

- Passar a 5 blogueiras:

Vai para as 5 primeiras que comentaram a postagem anterior!

Conceição - Baú da Conceição
Heloísa - Blog da Vovó... mas não só
Fátima - Comidinhas da Preta
Bela - Pratos da Bela
Leci Irene - Vida: histórias, glórias, casos e descasos...

Tá feito!
Continuação de boa semana a todos :)
publicado por Ameixinha às 14:00 | link do post | comentar | ver comentários (77) | partilhar

mais sobre mim

a possuída moída

Sobrevivo numa selva de hipocrisia, burocracia e cegueira de quem não quer ver. Prefiro não me lembrar da crise de valores que vivemos, mesmo sendo quase impossível esquecer-me disso. Cozinho e como com prazer, mesmo que alguma culpa surja depois. Gosto de andar a pé sozinha, viajar de comboio com um livro na carteira, dizer "Bom dia" com convicção e a sorrir. Ajudar quem precisa é o que me permito fazer sem pensar duas vezes, embora haja muita gente mal-agradecida. Sou adepta da boa disposição, da humanidade e respeito nos serviços de saúde e educação, acredito na capacidade de generosidade e bondade das pessoas que me rodeiam. Entristece-me que, nem sempre, essas capacidades sejam canalizadas quando deveriam. Não gosto das vizinhas coscuvilheiras e de pessoas mal educadas, prepotentes e ocas. Os meus olhos transmitem tudo o resto de mim e são cor da canela. Amo a Fauna e a Flora. Adoro o Outono e as folhas que caem. Não vejo qualquer utilidade em peluches. E a única coisa que é afrodisíaca é o amor.

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