Padaria Ameixinha


Que título empregue seria mais verdadeiro?
Comprei finalmente uma máquina de fazer pão e demorei dois dias a tomar coragem para utilizá-la. A minha ansiedade levou-me a adiar um possível fracasso. Sim, porque adiei mas o fracasso aconteceu. O que é para nós, espera por nós e não lhe podemos fugir. "Ai destino ai destino... ai destino que é o meu..." Lá lá lá! Pronto, deu-me para a música e fui ver se a letra era mesmo assim. Acertei (as minhas noites de recinto da queima serviram para alguma coisa eh eh) e fiz esta pequena versão em alusão à minha MFP.

Ai destino, Ai destino
Ai destino que é o meu
Ai destino, Ai destino
Destino que a Worten me deu.

A MFP bateu à porta,
e eu deixei-a entrar
Parecia tão diferente,
confiei e fui em frente,
e com ela quis trabalhar
Infortúnio do destino,
esse meu passo infeliz
Fui padeira atraiçoada,
fui padeira mal-amada,
sem saber que mal eu fiz.

Destruiu a minha alegria
a vontade de amassar
Levou-me o que eu mais queria,
a vontade de levedar
Desde esse dia
nunca mais voltei a padeirar.
Fiquei eu e a fermento,
e a farinha mais chorada
Mas nada posso fazer,
e a MFP deixou-me desmoralizada.

É melhor ficar por aqui, senão vão pensar que tenho um prazer especial por esta música (sem querer ofender quem gosta). Tony, perdoa-me o abuso ;)

Continuando, experimentei a minha Clatronicazinha e a mal agradecida começou a deitar fumo a uma hora do fim do programa. Não poderia ser mais desmoralizador :( Eu toda contente, com tanto carinho a tentar fazer pão e a desgraçada parecia uma chaminé.
Resultado: a massa que estava na cuba saltou para o fogão numa tentativa de salvação desesperada. Ora, deitou-me abaixo. Mas não é uma máquina que me faz desistir à primeira. Há que ser persistente e contactar quem entende melhor do assunto. E que melhor blogue contactar senão este (só o nome diz tudo) e este. Duas ajudas preciosas a quem muito agradeço :)

Devo dizer que, o primeiro pão que foi parar ao forno, foi barbaramente comido por personagens algo esfomeadas e que, no dia a seguir, perguntavam se não havia pão igual ao do dia anterior. Percebem porque me formei em Psicologia? Esta gente cá de casa não é normal. O pão todo manhoso, nem crescer ele cresceu, comeram tudo e queriam mais igual.
Cá comigo conta muito o visual e, o segundo pão (na verdade o primeiro em condições) ficou assim como podem ver: espectacular (crédito da máquina que eu só fiquei a olhar). A quem ainda está na dúvida em relação à MFP, aconselho a comprar. Os pães ficam deliciosos e mantêm-se assim por muito tempo. Cá em casa já se anulou o pão de padaria. Agora é só pão fresquinho da padaria Ameixinha ;)

Já agora peço a colaboração de quem visita este singelo blogue. Temos uma grande preferência por pães com farinhas integrais. Mas tenho dificuldade em encontrar receitas. Se souberem de algumas receitas, de algum blogue ou livro agradeço que me enviem a sugestão para o mail ameixinhaseca@gmail.com.

E olhem: "quando não há pão, até as migalhas vão" ;)

Ingredientes:

500ml de água
1 1/2 colher (chá) de sal
1 1/2 colher (chá) de açúcar
500g de farinha integral
200g de farinha tipo 65 (usei 55)
1 pacote de fermento em pó (usei 20g de fermento de padeiro)

Diluí o fermento de padeiro na água morna e coloquei na cuba da máquina. Juntei o sal e o açúcar. Por fim, juntei as farinhas. Seleccionei o programa "normal", cor média, 1kg e liguei a MFP. Depois foi só comer quentinho com manteiga. Há lá coisa melhor que o cheiro a pão acabadinho de fazer e sem sujar as mãos?

E como Ghandi disse: "There are people in the World so hungry, that God cannot appear to them except in the form of bread."
Traduzindo: "Há pessoas com tanta fome neste Mundo, que Deus não lhes pode aparecer de outra maneira, senão em forma de pão."

Agradeço que continuem a clicar. E que nunca vos falte pão na mesa :)
Nota: vi esta receita para a MFP no blogue "Doces cozinhados" e no "Nacos e Noc's"
tags: , ,
publicado por Ameixinha às 10:00 | link do post | comentar | partilhar