Batatas salteadas
A maior parte das receitas nos livros da Tessa são uma inspiração. A família, os amigos, as viagens, as coincidências e as estórias... todos são motivos de inspiração para ela. Assim como são para muitos de nós, os livros de receitas que adquirimos e recebemos ao longo dos anos. Eles proporcionam-nos refeições deliciosas e momentos de partilha inesquecíveis.
A minha mãe também queria partilhar um pudim que aprendeu com alguém, o pudim que ela me ensinou a fazer e que é tão simples, quanto é rápido e bom :) Ela queria e eu ajudei-a, não sem antes bufar, me irritar e descabelar. Porquê? Porque há dias em que nem tudo que é nacional é bom! Há dias em que nos sentimos enganados e em que o barato sai mesmo muito caro!
Desde que comecei a dieta sem glúten que aboli o caramelo líquido de compra e comecei a fazer caramelo em casa. É só açúcar e já está! Mas não, não esteve. Nem pela primeira, nem pela segunda, nem pela terceira vez eu obtive caramelo. Achei que era do tacho, mudei para a panela, achei que era a panela, mudei para a frigideira e... nada. O excelentíssimo 100% açúcar da marca Continente não queria transformar-se em caramelo por nada deste mundo e eu, eu já transpirava, desatinava, enervava e desnorteava, porque só tinha açúcar continente em casa e a minha rica mãezinha, queria levar o pudim como sobremesa a um almoço para o qual havia sido convidada. Achei que o meu olhar fulminante e esgazeado fosse tranformar aquelas pintinhas brancas em caramelo dourado e aromático, mas não, quanto mais eu olhava mais o Belmiro Azevedo fazia pouco de mim. O açucar cada vez mais branco como a neve, eu sentia-me uma anã e o Belmiro era a bruxa má. Oh se era!
Num momento de iluminação, eis que me lembro do açúcar amarelo que descansava na prateleira. Será? - pensei eu comigo mesma. E foi! Caramelizou-se num instante. Sobremesa salva :)
Para vocês, trago batatas que tem mesmo tudo a ver com a estória ha ha
Mas está calor, venham os churrascos e os acompanhamentos descomplicados. Pudins há muitos ;)
Ingredientes:
800 gramas de batatas, descascadas e cortadas em pedaços
2 colheres (sopa) de azeite
1 cebola picada
30 g de manteiga
2 dentes de alho, esmagados
1 colher (chá) folhas de tomilho
1 folha de louro
2 colheres (sopa) salsa picada
Preparação:
Coza as batatas em água salgada por cerca de 10 minutos, até que fiquem cozinhadas mas não demasiado. Escorra e reserve.
Aqueça metade do azeite numa frigideira anti-aderente. Adicione a cebola e salteie por cerca de 15 minutos, até que amoleça. Retire para um prato e limpe a frigideira, se necessário.
Adicione a manteiga à frigideira e o resto do azeite. Junte as batatas, alho e tomilho e salteie em lume médio. Assim que o fundo das batatas comece a ficar dourado, baixe o lume e deixe ficar até obter batatas crocantes e douradas, agitando a frigideira ocasionalmente. Não mexa de,asiado as batatas senão vão desfazer-se. Se o alho começar a queimar, coloque-o por cima das batatas. Depois de cerca de 20 minutos adicione a folha de louro e continue a saltear.
Quando as batatas estiverem crocantes e douradas, junte a cebola reservada e a salsa, cozinhe por mais um minuto e retire do lume. Tempere com sal e pimenta antes de servir.
Retirado do livro "Falling Cloudberries" da Tessa Kiros.