Quinta-feira, 25.10.12

Fatias douradas em calda de laranja

 

Oh como eu amo os dias inspiradores de Outono! A única coisa que se ouve é o chilrrear dos passarinhos que saúdam os poucos raios de sol. Dou graças pelas vizinhas que se recolhem à sua insignificância e abandonam, temporariamente, as varandas gastas. A névoa no vale vai desvanecendo enquanto a manhã acorda, parece fumaça sacrificial e Deus presenteia-nos com arco-íris de emoções. Mais que um adeus às coisas que hibernam, há um acolher de um novo céu e uma brisa que toca os corações entristecidos. As maravilhosas nuvens que passam, salpicam os dias de um cinzento sombrio rasgado pelo azul ciumento que o Verão lhes emprestou. O aroma a canela sacode os sorrisos. Abençoada bondade que ilumina a escuridão!

 

 

Ingredientes:

220 g de açúcar amarelo

1,6 dl de leite

25 g de margarina

2 ovos inteiros e 3 gemas

8 fatias de pão de forma 

1 dl de água

sumo de 1 laranja

1 pau de canela

 

Preparação:

Leve ao lume o leite, a margarina, 60 g de açúcar e deixe ferver. Misture os ovos inteiros com as gemas. Embeba as fatias de pão na mistura de leite e passe-as, em seguida, pela mistura de ovos. Coloque-as num tabuleiro previamente untado e leve ao forno forte até as fatias estarem douradas à superfície. Volte-as com a ajuda de uma espátula e deixe alourar do outro lado.

Entretanto, prepare a calda: misture a água com o sumo de laranja, o restante açúcar e o pau de canela e leve a ferver em lume brando durante cerca de 10 minutos. Coloque as fatias douradas numa travessa e regue-as com a calda.

 

 

 

Obrigada a todos pelo carinho e por insistirem em cá passar. Infelizmente, o meu bicho foi internado novamente, a minha mãe precisa muito de mim e eu precisava de mais 10 horas no dia para conseguir fazer tudo o que quero :)

Abraços

 

Fonte:

Doces momentos nº30.

publicado por Ameixinha às 21:33 | link do post | comentar | ver comentários (21) | partilhar
Quinta-feira, 05.01.12

Arroz doce de cesto


Aqui em casa ninguém gosta de arroz doce, a minha mãe come um bocadinho só e torce o nariz. Nunca está ao gosto dela mas, para mim está sempre perfeito. É essencial que o arroz esteja bem cozido e cremoso, com alguma calda pelo meio.

Não sei se os poucos que acompanham este blog desde o início, fez agora 4 anos, se lembram que eu não gostava de arroz doce, tampouco de gelatina, muito menos de uvas-passas. Pois bem, rendi-me ao arroz doce e à gelatina - que tem que ser enfiada dentro de copinhos para eu não a ver tremelicar - faltará muito pouco, parece-me, para começar a comer passas. Nos tempos que correm, antes passas que pedregulhos.

Esta receita de arroz doce vem num livro cuja primeira edição tem a minha idade, o "Cozinha Tradicional Portuguesa" da Maria de Lourdes Modesto, e confecciona-se da maneira que se segue, com ligeiras alterações da minha parte.

 

Ingredientes:
1 litro de leite

1 chávena de café de arroz

4 gemas

sal

açúcar a gosto (cerca de 250g)

canela

 

Preparação:
Escolhe-se o arroz, mas não se lava.

Leva-se o arroz a abrir com 2,5 dl de água e um pouco de sal. Quando a água do arroz tiver evaporado adiciona-se o leite e deixa-se cozer. 

Entretanto, misturam-se as gemas com o açúcar e, fora do lume, juntam-se ao arroz. Leva-se novamente ao lume só para cozer as gemas. Forra-se um cesto com um guardanapo de pano e deita-se lá para dentro o arroz, depois de se ter deixado arrefecer um pouco. Enfeita-se com canela, desenhando corações, letras ou traços.

 


Notas:

Não usei um cesto, deitei o arroz numa travessa funda.

Ao leite juntei uma casquinha de limão, que depois retirei antes de deitar o arroz para a travessa.

Diminuí a quantidade de açúcar para 200g.

A chávena de chá de arroz corresponde a 180g.

publicado por Ameixinha às 13:55 | link do post | comentar | ver comentários (47) | partilhar
Sábado, 31.12.11

Aletria

 

Tinha finos dedos, quase da espessura de aletria, mãos tão grandes que pareciam não pertencer aquele corpo pequenino. Pensou ser bailarina, não fossem aquelas coxas imensas. Gostava do palco e das luzes que, ao invés de a ofuscarem, iluminavam o seu mundo. Queria o melhor para si, mas outros diziam-lhe que ela ainda podia dar mais, aquelas mãos estavam destinadas a grandes obras. Tanto lhe disseram que ela acreditou e guardou o sonho no fundo do seu ser, pensando que estava adormecido, deixou-o ficar assim. Preparou-se para o melhor e o melhor não a descobriu. Para os outros estava tudo perfeito mas ela sabia daquele sonho, sentia-o picar bem no centro do cerebelo. Tantos anos da sua vida desperdiçados quando tudo o que queria era um piano no centro de um qualquer palco. Fechar os olhos e deixar-se embalar pela melodia suave de uma qualquer peça de um dos maiores artistas. Quase todos os dias era iluminada pelas luzes da sala de operações e, enquanto segurava o bisturi, alguém lhe ligava a aparelhagem e ela deixava que os seus finos dedos realizassem grandes obras nas próximas horas. Tinha pena de não poder nunca fechar os olhos, e deixar-se guiar pela mesma melodia que tinha sonhado tocar no centro de um qualquer palco.

 

Ingredientes:

0,5 l de água

casca de limão

pau de canela

250 g de aletria

0,5 l de leite

150 g de açúcar

3 gemas

sal e canela moída q.b

 

Preparação:

Num tacho faça ferver a água com a casca de limão, um pouco de sal e o pau de canela. Quando começar a ferver, junte-lhe a aletria e deixe-a cozer 8 minutos. Adicione depois o leite e deixe cozer mais 5 minutos. Junte o açúcar, deixe ferver 10 minutos em lume brando e retire.

Misture então as gemas aos poucos, mexendo sempre. Leve novamente ao lume só a aquecer, retire e deite em pratos individuais ou numa só travessa. Retire a casca de limão e o pau de canela. Deixe arrefecer e polvilhe a gosto com canela.

Fonte:
Baseada numa receita da revista Tele Culinária nº1183.
Esta aletria é daquelas de cortar à faca, fica bem firme para poder ser comida à mão :)

Bom fim de semana! 
sinto-me:
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Quinta-feira, 15.12.11

Bolo de maçapão e chocolate


 

O maçapão é um produto usado nos doces típicos algarvios e acaba sempre por me levar a esse ponto do país :) 

Quando conheci a Isabelocas no Verão do ano passado, ela trouxe-me uma pequena embalagem de maçapão da Alemanha, onde viveu alguns anos. Tenho pena que nunca mais tenha actualizado o blog e não ter dado notícias, mas espero que esteja tudo a correr bem com ela e a família. O maçapão foi devidamente usado e não poderia ter escolhido melhor receita. Aliás, deu-me para fazer duas experiências mas, para já, fica esta que me deixou muito surpreendida. Os pedacinhos de maçapão ficam com uma consistência e sabor fantástico, não imaginava nada assim. Quem gostar e conseguir encontrar maçapão à venda, aconselho a comprar ou então experimentar a receita caseira que nós aprendemos a fazer no workshop.

 

Ingredientes:

115 g de manteiga sem sal, amolecida

150 g de açúcar mascavado claro

2 ovos, batidos

3 colheres (sopa) cacau em pó

150 g de farinha auto-levedante

130 g de maçapão, cortado aos pedacinhos

4 colheres (sopa) pepitas de chocolate

 

 

Preparação:

Pré-aqueça o forno a 180ºC.

Bata a manteiga com o açúcar até obter uma mistura leve e fofa. Adicione os ovos um de cada vez, batendo entre cada adição.

Peneire o cacau e a farinha sobre a mistura anterior e envolva. Junte os pedacinhos de maçapão com as pepitas de chocolate. Reserve cerca de 4 colheres de sopa e envolva o restante na massa do bolo. Unte e enfarinhe uma forma de bolo inglês. Passe a mistura para a forma, nivele a superfície e salpique com o maçapão e chocolate reservados.

Leve ao forno por 45-50 minutos ou até que o bolo tenha crescido e esteja firme. Deixe arrefecer por alguns minutos, desenforme e deixe arrefecer numa grelha.

 

 

Fonte:

The chocolate and coffee bible.

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Segunda-feira, 12.12.11

Fatias de parida

 

Juro que já não posso ouvir a Popota armada em Jennifer Lopez, de coxa à mostra e toda maquiada. Para hipópotamo fêmea obesa, a personagem até tem bastante agilidade. Também não sou grande fã da insossa da Sóninha Araújo, continuo a achar que esta vidinha que ela agora tem foi um belo golpe de sorte porque, mil perdões mas, ali não há grande talento. No entanto, há um livro que mora cá em casa que tem receitas jeitosas e creio ter sido a primeira rampa de lançamento do bicho.

Estas fatias são uma espécie de rabanadas e são as minhas favoritas. Nada como Vinho do Porto para dar aquele sabor especial ;)

 

Ingredientes:

1 cacete

3 dl de vinho do Porto

2 dl de água

4 ovos

2 colheres (sopa) de açúcar

canela q.b.

1 casca de limão 

 

Preparação:

Leve o vinho do Porto a ferver com a água, duas colheres de sopa de açúcar e a casca de limão. Bata os ovos. Corte o pão em fatias de 1,5 cm e passe primeiro pela calda quente e depois pelos ovos. Frite em óleo bem quente e escorra sobre papel absorvente. Sirva polvilhadas de açúcar e canela.

 

Notas:

Usei Vinho do Porto tinto, por isso ficaram escuras. Em vez do cacete preferi usar pão de forma já que o cacete só se encontra nesta altura do ano e as rabanadas são boas o ano todo.

 

Fonte: Sabores de Natal da Popota

 

Boa semana a todos!

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Segunda-feira, 04.01.10

Bolo-rainha

Receita baseada nesta da STA e feita do mesmo modo que a receita de bolo-rei da revista Lusitana de Natal. Ou seja, levedou três vezes. Comecei a fazer a massa às 10 da manhã e o bolo-rainha foi o último a sair do forno, por volta das 5 da tarde!
Na altura de partir, ficou tudo desconfiado, será que está bom? Tem bom aspecto mas vamos lá ver se é como os de compra! E eu indignada: Será que está bom? Tem obrigação de estar maravilhoso depois de três levedações e tantas horas a preparar!
Depois de provarem disseram que estava delicioso e eu achei que me estavam a gozar! Mas não, ficou mesmo muito muito bom! A partir de agora não há cá bolos de compra cá em casa, nem sequer bolo-rainha. Tenho o orgulho de dizer que fiz todos os doces e todos terem ficado muito bons :)
Fiz algumas alterações no modo de fazer e juntei uns pedacinhos de chocolate negro e de leite que tinha e precisava de usar. Ficou ainda melhor assim!

Ingredientes:
raspa de casca de laranja e limão
100 g de açúcar
50 g de sumo de laranja e limão (na totalidade)
50 g de leite
50 g de manteiga
1 ovo
2 colheres (sopa) de vinho do porto
20 g de fermento de padeiro
1 pitada de sal
350 g de farinha
Frutos secos q.b . (usei nozes, amêndoas, pinhões, amendoins e avelãs. Reserve algumas para a decoração)
1 ovo batido
pedacinhos de chocolate q.b.
açúcar e canela q.b.
açúcar em pó
geleia de alperce para pincelar
Preparação:
Dissolva o fermento no leite morno e deite-o na cuba da MFP juntamente com o sumo e a raspa de laranja e limão, a manteiga, o ovo, o açúcar, a farinha e o sal. Programe o ciclo "massa" e deixe terminar.
Depois junte o vinho do porto (usei tinto por isso a massa ficou mais escura) e os frutos secos. Programe novamente o ciclo "massa" e deixe terminar o programa.
Estenda a massa com as mãos (é bastante maleável e não se pega aos dedos) e espalhe uma mistura de açúcar e canela por cima da massa (este pormenor deixa o recheio mais húmido) e os pedacinhos de chocolate. Enrole, dê a forma desejada (eu deixei assim mas podem dar a forma tradicional de bolo-rei com o buraco no meio), coloque-a no tabuleiro e deixe levedar mais uma vez até dobrar de volume. Pincele com o ovo batido, decore com os frutos secos que reservou, uns pedacinhos de chocolate e polvilhe com porções de açúcar em pó.
Leve ao forno pré-aquecido a 180 ºC por 30 a 35 minutos. Retire e pincele com geleia.
Lembram-se que os meus Brownies de mascarpone estavam a concurso no blog Bagunça na Cozinha? Pois bem, já estão publicados e podem passar por lá e deixar um comentário. Quem ganha é quem tem mais comentários. Portanto, se gostaram, comentem de vossa justiça :)
O Matias continua por cá, uns dias melhor, outros pior. Ainda tem perdas de força e fica estendido no chão como se estivesse desmaiado. Hoje ainda não teve nenhum badagaio mas, o dia ainda vai a meio. Ando num desassossego que não desejo a ninguém. Mas continuo com a fé inabalável de que um dia isto vai melhorar e ele vai ser um gato feliz com uma dona ainda mais feliz :)
Obrigada a todos pela força e pelo carinho!
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Segunda-feira, 21.12.09

Rabanadas recheadas com creme de maçã

Ai que é Natal e a tosse não passa. Já me estou a ver à mesa, com o bacalhau na boca, a tosse a atacar e eu a cuspir de perdigotos quem estiver à minha frente :) Mas Natal é isto, perdão e benignidade. Além do mais... o bacalhau já vai mastigado, podem aproveitar para a roupa-velha he he
Já estou a sair dos eixos :)
Este ano as rabanadas são estas. Muito provavelmente não se lembram mas, o ano passado, publiquei umas rabanadas recheadas mas não eram bem aquelas que eu queria, apesar de terem ficados muito boas. Este ano, testei outras, dica de uma leitora atenta e, são uma deliciosa maravilha.
Olhem, estou parva! Agora ao ir buscar a receita é que reparei que a foto que lá têm é a foto das primeiras rabanadas recheadas que fiz e que não correspondem à receita. E eu feita estúpida ainda fui fazer a receita... tiveram o trabalho de recortar a fotografia para não aparecer a marca d'água.
Está bem que as minhas rabanadas ficaram lindas (modéstia à parte!) mas bem que podiam dar os créditos. Só lhes ficava bem! Agora têm que vir cá buscar as novos fotos. Vejam lá se não é a mesma fotinha, aqui e aqui.
Ó seus manhosos, estas que apresento hoje é que correspondem à receita! Haja paciência.
Enfim! One, two, three... passou :)


Ingredientes:
1 dl de água
1 litro de leite
15 carcaças/papo-seco com 2 dias
2 paus de canela
250 gr de açúcar
3 maçãs
3 ovos batidos
40 gr de manteiga
50 gr de passas (what? Não obrigada!)
açúcar e canela para polvilhar
raspa e casca de limão
Preparação:
Descasque as maçãs, retire-lhes o caroço e corte-as em meias luas finas. Leve-as ao lume, juntamente com a manteiga, passas, raspa de limão, pau de canela, 80 gr de açúcar e a água. Deixe cozinhar, sem tampa, mexendo de vez em quando, até as maçãs estarem brilhantes e sem líquido, mais ou menos 15 minutos. Retire do lume e reserve.
Ferva o leite com o restante açúcar, a casca do limão e o pau de canela. Retire a côdea às carcaças, mergulhe-as no leite, já morno (não deixo ficar muito morno senão não ensopa bem), até que fiquem bem ensopadas. Retire uma de cada vez e aperte-as com as mãos para libertar o excesso de líquido. Faça um corte central em cada uma, sem chegar à outra extremidade e recheie com a mistura de maçã. Molde em forma de bola para que o recheio fique bem escondido. Passe-as pelos ovos batidos e frite em óleo quente até ficarem douradas. Escorra-as em papel absorvente e, ainda quentes, passe-as por açúcar e canela.
Apesar de parecer complicado não é, e ficam muito melhores que as comuns. Para experimentar, fiz apenas metade da receita e, agora achamos melhor fazer a receita a dobrar porque não sobra nenhuma :)
No fundo, acho que podem rechear com qualquer compota ou outra coisa que gostem. Maçã com nozes também deve ficar muito bom. É uma questão de gosto :)
Ainda vão a tempo de comprar a bela da carcaça para experimentar as rabanadas. Da maneira que eu tusso, pareço é uma carcaça velha e tuberculosa mas... isto passa até quinta, espero! Afinal, só faltava eu ficar doente nesta casa, o frio entra por tudo que é frincha ;)
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Sexta-feira, 02.01.09

Rabanadas recheadas

Ora cá estão as rabanadas recheadas!!!
A Anabela, que eu não conhecia mas que leu este blog, fez o grande favor de me passar a receita que ela faz das rabanadas recheadas. São umas rabanadas que se fazem muito na zona da Póvoa de Varzim e Vila do Conde. Eu aqui tão pertinho e desconhecia por completo.
Não ficaram iguais às que compramos no Natal mas ficaram bem melhores que as que costumamos fazer cá em casa.
Já ficou estabelecido que a partir de agora, só se fazem destas rabanadas :) Obrigada Anabela!
Quem tiver pão em casa de sobra com 2 ou 3 dias, pode experimentar que não se vai arrepender. Eu prefiro-as ainda quentes! A receita é feita a olho e eu fiz também.
Ingredientes:
Pão normal daquele de bolinha (comprei 10 pães mais pequeninos que os normais)
Casca de limão
Pau de canela
Leite (usei cerca de 850ml)
4 ovos
1 saqueta de pudim flan
Açúcar q.b.

Recheio (fiz a olho):
coco ralado q.b.
açúcar q.b.
leite q.b.

O leite ferve-se com o limão, a canela e açúcar a gosto. Depois de frio, junta-se a saqueta de pudim flan e os ovos inteiros batidos. Retira-se a canela e casca do limão e mergulham-se os pães um de cada vez nesta mistura até estarem mesmo embebidos e pesados (convém que o pão tenha pelo menos uns dois dias senão desfaz-se todo). Depois aperta-se o pão , põe-se o pão numa mão e com a outra aperta-se, espreme-se e dá-se o fomato de uma bola. Vai a fritar numa panela (que deve ter as paredes altas) com bastante óleo mas que não pode estar muito quente senão queima por fora e fica cru por dentro. Vai-se virando, até estar dourada, escorrem-se em papel absorvente e depois com uma tesoura dá-se um golpe de lado e recheiam-se com o saco pasteleiro (eu recheei com uma colher de sobremesa).
Para o recheio é só misturar os ingredientes. Os recheios que se costumam usar é o doce de ovos e o doce de abóbora. Como as que eu tinha comido levaram coco, quis experimentar assim.

Devo dizer que as rabanadas recheadas que comi no Natal continuam a ser uma incógnita para mim. Todos concordamos cá em casa que essas rabanadas são recheadas antes de irem a fritar. No entanto, há segredos de família que assim devem permanecer. A busca pela rabanada recheada perfeita vai continuar, mas agora vamos tendo esta receita fantástica que nos satisfaz bastante!



Bom fim de semana a todos!!

publicado por Ameixinha às 09:16 | link do post | comentar | ver comentários (42) | partilhar
Domingo, 28.12.08

Bolo de maçã e iogurte e rabanadas recheadas

Mesmo um dia antes do Natal, recebi um presente que me deixou numa alegria só!
Eu nunca tinha visto umas formas de silicone tão fofinhas. Duas em forma de estrela e duas em forma de homem de gengibre :) Não são espectaculares? Obrigada às irmãs Marques :)
E usei-as nesse mesmo dia porque não podia passar o Natal sem comer algo feito nestas formas tão natalícias!
A receita foi retirada daqui. É uma receita para qualquer tipo de forma. Neste caso deu perfeitamente para as 4 forminhas de silicone, não me sobrou massa.

Ingredientes:

2 maçãs
1/2 chávena (café) de sumo de limão
1 chávena (chá) de farinha de trigo
4 colheres (sopa) de açúcar
1 colher (sopa) de fermento químico em pó
1 copo de iogurte desnatado
1/2 copo de óleo de soja
2 ovos
canela q.b
quanto baste de margarina para untar (se usar formas de silicone não precisa untar, é só passar a forma por água fria antes de despejar a massa)

Preparação:
Lave as maçãs, descasque-as e corte em fatias médias. Acrescente o sumo de limão e reserve. Numa bacia, coloque a farinha, a canela, o açúcar, o fermento, o iogurte, o óleo, os ovos e misture bem. Pré-aqueça o forno, em temperatura média, por volta de 180 graus. Coloque metade da massa numa forma redonda e rasa, de aproximadamente 30 cm de diâmetro (ou formas de silicone) untada e enfarinhada. Sobre a massa disponha as fatias de maçã e cubra com o restante da massa. Leve ao forno até que o bolo fique bem dourado. Sirva frio (se usar formas de silicone desenforme só depois de bem frio).




Estas rabanadas que estão na foto de cima não fui eu que as fiz. Gostava muito de saber o segredo, mas quem as faz não o dá nem sendo ameaçado :)
Chamam-lhes rabanadas recheadas mas não são nada parecidas com as rabanadas que costumamos fazer com o pão de cacete. A forma é diferente e a cor é amarelinha, por dentro tem o recheio com coco e são deliciosas. Compramos todos os anos ao pai de um amigo do meu irmão mais novo. A receita é segredo de família e o rapaz diz que nem ele sabe como se faz, só o pai está encarregue disso. Verdade seja dita, se o senhor nos desse a receita, ele ia perder dinheiro :)
Alguém sabe fazer esta delícia, alguém conheçe a receita? Eu procurei na net mas só encontrei rabanadas recheadas de marmelada ou goiabada. Não devem ser más, mas gostava de saber o segredo da massa e do recheio destas rabanadas.
Continuação de bom fim de semana!
publicado por Ameixinha às 13:30 | link do post | comentar | ver comentários (35) | partilhar
Segunda-feira, 22.12.08

Filhós de Forma

 


A Gina do blog Naco Zinha lançou o desafio dedicado aos vizinhos. A ideia é presentear as pessoas que vivem ao nosso redor e com as quais convivemos o ano inteiro. Não precisamos que seja Natal para oferecer alguma coisinha deliciosa às vizinhas :) Quando sai algo desta cozinha que achamos que merece ser partilhado, nós vamos bater à porta delas. São duas vizinhas pelas quais tenho simpatia e sei que sentem o mesmo por mim. Elas não têm a minha idade, são senhoras da idade da minha mãe e, uma delas, viu-me crescer.


A M. aparece todos os dias, ela vem para chorar, para rir, para falar e para desabafar. A M. é amiga de passeios :)

A J. é uma vizinha recente, de há alguns anos mas muito simpática. É ela que me dá as folhas de couve para o Luísinho he he Ajudei o filho dela com alguns trabalhos da escola e, até hoje, ela vai-me pagando a gentileza. E nós retribuímos :)

Como sou uma sortuda, o Natal chegou mais cedo e a semana passada recebi alguns presentes fantásticos, entre os quais estas formas de fritar filhóses. São lindas e decidi presentear as minhas vizinhas com um pratinho delas. Retirei a receita do blog da Kini, mas não me rendeu tantas como ela disse que rendia. As minhas formas devem ser maiores que as dela :)




Ingredientes:

7 colheres (sopa) farinha
1 colher (sopa) manteiga
raspa e sumo de 1 laranja
1 pitada de sal
2 dl de leite
4 ovos
Óleo ou azeite q.b.
Açúcar e canela q.b.


Preparação:
1. Derreta a manteiga (sem deixar ferver). Bata os ovos e adicione a manteiga, a raspa e o sumo da laranja.

2. Aos poucos, incorpore esta mistura à farinha, mexendo sempre. Adicione o sal, o leite e mexa bem até obter um polme fino. Deixe repousar durante 30 minutos.

3. Enquanto a massa repousa, prepare uma travessa com papel absorvente. Coloque bastante óleo ou azeite numa frigideira e coloque as formas dentro do óleo para aquecer. A forma tem de estar bem tapada com o óleo.

4. Com a forma quente, mergulhe-a na massa (mas não totalmente) durante alguns segundos. Retire e mergulhe-o no óleo quente sem tocar no fundo da frigideira e sacuda levemente. Coloque a forma de novo na água quente e repita a operação até acabar a massa.

Quero agradecer às amigas queridas que se lembraram de mim e que me enchem a alma.

À minha queridíssima J. que não se esquece de mim e que eu adoro sem ainda não a ter conhecido. Enviou-me as formas das filhoses, uma marmelada de maçã que me fez ir ao céu e vir, e uma taça fantástica onde vou colocar os sonhos de Natal :)

À simpatiquíssima I. que é um anjo e pela qual tenho um imenso carinho. Enviou-me um grande frasco de doce de gila que eu adoro e que já não provava há alguns anos. Para a gila não se sentir sozinha também me enviou uns cortadores lindos com algumas formas que eu ainda não tinha ;)

À S. cuja disponibilidade e amabilidade eu não esperava e que me enviou dois pacotinhos de cuajada. Descobri que estamos mais perto do que imaginávamos ;)

A todas o meu muito obrigada e um grande abraço!!!
publicado por Ameixinha às 13:36 | link do post | comentar | ver comentários (47) | partilhar

mais sobre mim

a possuída moída

Sobrevivo numa selva de hipocrisia, burocracia e cegueira de quem não quer ver. Prefiro não me lembrar da crise de valores que vivemos, mesmo sendo quase impossível esquecer-me disso. Cozinho e como com prazer, mesmo que alguma culpa surja depois. Gosto de andar a pé sozinha, viajar de comboio com um livro na carteira, dizer "Bom dia" com convicção e a sorrir. Ajudar quem precisa é o que me permito fazer sem pensar duas vezes, embora haja muita gente mal-agradecida. Sou adepta da boa disposição, da humanidade e respeito nos serviços de saúde e educação, acredito na capacidade de generosidade e bondade das pessoas que me rodeiam. Entristece-me que, nem sempre, essas capacidades sejam canalizadas quando deveriam. Não gosto das vizinhas coscuvilheiras e de pessoas mal educadas, prepotentes e ocas. Os meus olhos transmitem tudo o resto de mim e são cor da canela. Amo a Fauna e a Flora. Adoro o Outono e as folhas que caem. Não vejo qualquer utilidade em peluches. E a única coisa que é afrodisíaca é o amor.

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